terça-feira, 4 de junho de 2013

O MUNDO É UM MOINHO DE TEMPO




Desculpem a demora, quem quiser desculpar, gostaria de poder escrever todos os dias, seria um favor que faço a minha alma, porém tenho planos, que consomem como kromos, o meu precioso tempo, como é triste escrever isso, mas nem nos damos conta que somos gerenciados pelos nossos equívocos porque não fazemos o que queremos?Talvez a psicanalise explique mas hoje não quero saber.
"o mundo é um moinho" de nosso saudoso cartola, me faz pensar que ainda tenho tempo, olha ele novamente, acho então que a questão é mesmo o tempo.
Ou melhor a questão é sentir o tempo e nos sentir nele, que bem me faz escrever é um exercício individual e coletivo, levando em consideração os ensinamentos de Graciliano Ramos, exercitar algo cíclico, implícito, reciproco e irônico, o mundo nos enclausura, angustia e nos sentimos solitários, mas em uma caminhada de chão vermelho e sol sereno, alguém diz levante a cabeça e assim o fiz, o que eu vi? 
O horizonte e as montanhas em cadeias e me vi ali no meio desse vale, pequenina e por um instante me senti novamente presa e por um instante me senti livre, porque me senti capaz de ir até o topo dessas montanhas e gritar, então talvez nos falte o conhecimento intelectual, a oportunidade de ter um diploma, a falta do básico, isso fere oprime, o estômago ronca e a força aumenta.
Poque sabemos que pode-se negar os diplomas, a oportunidade o básico, mas não pode nos negar a vontade de aprender, de persistir e de fazer nosso próprio caminho de oportunidades, pode demorar mas sabemos que ela existe, mínima, fraca, invisível, mas ela existe.
E assim nos tornamos animais, fortes as negações, fortes as ridicularizações, fortes as descrenças do outro, porque embaixo do sol sereno que apareceu depois da chuva e acima do chão vermelho alguém me diz, para ir em frente a acender minha chama, porque a faísca é o meu querer, o meu consentimento e minha vontade, porque nesse dia eu vivi, no tempo em que eu me senti ali, no meio de um vale, na minha escuridão, eu estava ali, no meu tempo e eu ouvi..."o mundo é um moinho".
Talvez esse texto não seja uma obra de arte, mas me ajudou e espero que tenham no mundo pessoas que consigam chegar até o fim de uma leitura, o exercício da escrita é um remédio, oriundo de nos mesmo, parece até um mecanismo do próprio corpo para refrigerar-se das angustias mundanas. Parece uma representação visual de sentimentos, que nos faz sentir escritores de nosso próprio vale.