domingo, 11 de setembro de 2022

Sinopse do livro a bruxa do penhasco

ebook pré lançamento na amazon

OUTRA LUA VERMELHA

 


A lua vermelha chegou de novo

E eu de novo choro, corro, grito, expresso? Bato, apanho, tropeço.

Tudo muito, demais ,fora do ritmo, foco?

Nenhum.

Criar, nada. Nem mesmo esse texto ficará bom.

Onde está o erro?

Não está na lua.

Está em mim?

Oh! bruxa vermelha

Me faz chorar um rio de sangue

Não sei mais onde estou, nada vejo.

Nem sinto o cheiro das torradas.

A fogueira apagou a pouco.

Oh! bruxa vermelha, me liberte!

Entre choros e sangues ,vou arrastando

O rastro sou eu,

Me faço assim.

Me liberte oh bruxa vermelha

Grito!

Grito !

Canso

Silêncio.

Com ele aprendi mais,

Me perdoe bruxa branca

Me perdoe, mas meu rastro é esse

Nele brota roseiras.

Perfuma minha memória

Tortas,

Violentas,

Sou eu.

Bruxa !

Bruxa!

Corto meus pulsos e deles jorram ouro

Corro de lobos , pela floresta úmida

Oh! lua vermelha olhe por mim.

Faça a real magia, conexão. Só mais um passo. Para alcançar o que mesmo?

Solte meus pés.

Deixe-me arremessar por mim mesma nesse penhasco.

Deixe lua, sangrar até a morte e fazer nascer novamente como a primeira rosa dessa roseira.

A rosa amarela entre as vermelhas

Venha você também bruxa branca, pinte-se.

Solte minhas mãos bruxa!

São tão igual quanto você

O que vê ? Visão turva desse

Espelho insano do mundo corrupto, sujo e feroz

Carniceiros hipócritas.

Mundo natimorto, Coitado acha que está vivo. Perambula perdido no cosmo infinito.

jorra mais sangue se mistura ao ouro, lama.

nasço

bruxa.

OS COGUMELOS E O PENSAR

 


Na floresta úmida Morgana vive, colhe seus cogumelos e flores comestíveis

Guarda a capa azul escura quando chega em casa.

Deixa a cesta na cozinha de Ceridween.

E vai descansar, o descanso da menina é criar

Lá vai a bruxa pensar.

Pensa em como tudo se transforma na natureza

Como o musgo se cria, pensa na cor de seus olhos, pensa porque são assim

diferentes?

Pensa em sair da ilha e de como são os cogumelos de outro lugar

Será que existem?

Tanto, tanto a menina pensa que cansa de fato de pensar em bobagens.

Ceridween chega vai pra sua labuta, cuida da cozinha e é lá que a garota começa a

tagarelar

Fala ,fala pergunta é mesmo a responde.

Ceridween em silêncio; a bruxinha faladeira não dá tempo.

Ceridween bate a colher de pau:

- tudo bem! Vai buscar mais cogumelos!

Morgana, sai sorrateira, coloca a capa azul, prepara a cesta a pensar:

- ora!!! mais cogumelos pra que?

E novamente a bruxa solta os pensamentos...

Mas será mesmo, que existem cogumelos em outras florestas?

CIANO

 


Então relaxe

Respire

Flutue

Me vejo assim flutuado sob o mar azul claro.

Ciano

"Eu gosto disso daqui" disse o irmão no barquinho junto a mim

Desdobrada, fora do corpo, então fui visita-lo.

No céu? No mar? No céu do mar...

"Gosto dessa calmaria"

Colocava as mãos para fora do barquinho

Era o mar ? Era o céu? Era a beira do espaço?

Que espaço é em qual tempo?

Relaxe

Respire

Presenteie-se com o presente de apenas ser, viver fluir.

Rumar seu barquinho, contemplar.

Ser resiliente, suportar a tempestade e agradecer a marola.

Relaxe

Respire

Viva.

sábado, 27 de agosto de 2022

EU SOU O "O"

 


Existe algo oculto de sua vida.

Hoje volto as raízes escrever livremente como a pena do passarinho solta ao vento, a

pena sabe que em algum momento ela pousará sabe também que a liberdade vai

cobrar algo mas ela não se importa quer ser feliz e voar até onde for possível.

Um tempo para mim é o mesmo que poder escrever, porque quando estou assim, sou.

A bruxa, a mãe a mulher das cartas.

E cartas postas, aquela que não se encaixa, a peça única, aquela que sobra no fim da

montagem, mas sem ela, nada faz sentido.

Eu sou o "o" da questão, nem A nem B, sou o O.

Oh bruxa! Que esquisita! sua vida sempre ,sempre a desencaixar, passa o tempo na

pira das visões à se revelar.

Oh bruxa ! Como faz pra rir da tragédia e chorar na comédia? Onde fica sua colcheia? 

A luz do palco já ascendeu.

Oh bruxa! Que sentido faz isso, são teias de aranha sob as assas do morcego. 

Que bagunça sua casa!

Oh bruxa! Mas, como eu queria ser você.

E não ter medo das cartas na mesma, usar folhas em branco pra renovar sua

juventude.

Banhar sob a lua e benzer sua comida.

Mal dizer o mal dito, e disser o inaudível.

A verdade é que você pertence á toda essa linha de trabalho, você é essencial, você é

não a peça que falta, mas o mecanismo todo em ação.

És capaz, de explodir e apaziguar os terremotos, assim como a filha preferida quando

pedi mimos ao pai.

Sei que talvez nada disso faça sentido, mas para a bruxa, ah! isso faz, cai como a luva.

Aquela linda luva francesa, aquela que só as donzelas tem, não tenha ciúmes, 

oh! bruxa, bendita, tú não pertence a luva mas ela pertence a você, pois você é criadora.

Pecado, agora o que digo!

Sua Lilith traiçoeira:

- Sou mesmo! A bruxa responde:

- Sou a criadora da verdade, sou a que não encaixa, a loba faminta que te come.

Sou a boca do mundo, que engole a humanidade é Pari quieta os filhos renegados;

mas felizes.

Puros de espírito, as crianças benditas pelo fruto do ventre.

Ventre incorruptível.

Eu sou o O.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

O SILÊNCIO PARA A BRUXA

 No livro  A BRUXA DO PENHASCO,  falamos sobre o silêncio e seus fundamentos e importância para o aprendizado magísticos.


no capítulo, O VALE DE NEMETON. o personagem Rhuand é levado a adentrar esse mistério.

" — Certo, estamos em um vácuo quântico, seja lá o que isso for; tenho várias perguntas, mas, vou tentar ir ao ponto, porque posso ouvir essas vozes?

                — Todos podem, mas você os dá atenção, nunca podemos deixar de ouvir a voz do silêncio.

 Vendo que sua fala causou confusão ao garoto, Hela prossegue:

                — Também vou direto a resposta de sua pergunta. Você escuta porque está sensível as ondas sonoras que passeiam no ar, aqui em Nemeton presamos pelo silêncio, porque nele reside o vazio da criação, o poder do nada que se faz o tudo, o silêncio é a partícula de deus, é o reflexo do Logus quântico o momento da criação.

As duas figuras encostam em uma frondosa macieira, avisto a imagem da professora e do aprendiz, praticamente em baixo da arvore da sabedoria, nada mais simbológico aos meus olhos, sento a uma distância deles, a esperar pela aula de Hela."

 Podemos averiguar a importância, do silêncio, para a criação da real magia, a beleza da música reside na pausa é é nela que habita o mistério, do fazer a música. Assim como o cadeirão alquímico necessita da voz do silêncio para se fundir.


quarta-feira, 24 de agosto de 2022

A FOGUEIRA DA BRUXA


Em um dos capítulos do livro, a Bruxa do Penhasco. Nos vemos junto a escritora e a personagem a observar um ritual na fogueira, chamada de fogueira das visões, onde ocorre a possibilidade, de comunicação entre duas personagens, através da labaredas.
A bruxa dança e entra em "êxtase" e pode ouvir "acessar" as possibilidades desse intercâmbio.
Na situação as duas personagens eram viventes, então o contato não era no nível extra físico, apesar de que Hella a sacerdotisa deixasse claro que tal comunicação fosse possível.
 A transformação simbológica que a imagem da fogueira traz é potente, não só da pira de água se faz uma bruxa. 
A bruxa é feita de ação, ação de movimento, assim como a transformação da fogueira.
Renascer da fogueira é um renascer divino, a sobre é também resultado, divinizado das dores humanas.
"e ouvia os gritos, e as riasadas eloquentes das bruxas nas fogueiras, mas não era apenas a dor, era a honra de renascer para o oculto, era o chamado da deusa, elas tinham certeza disso.
A queima da madeira por sí já possibilita, ação, acrescentando o reino vegetal ,através da erva seca e pó mágicos, tendem a serem capazes de gerar energia, dá ultima hora, a substancia final é transmutada em ectoplasma aglutinado e massificado, pela bruxa na dança. gera gigantesca potencia, capaz de produzir a comunicação através da intenção e muito mais, tal como a materialização de animais ancestrais e manifestação dos reinos e de planos extraterrenos.
A criação através dos elementos de aglutinado ectoplasmáticos para diversos fins é fundamento da real magia, na qual descrevo em meu livro.
Encerro aqui uma coletânea sobre os fundamentos da real magia, dispostos na plataforma gratuita do Whattpad, Com o titulo de TESTOS BRUXESCOS.

Corram lá e confiram!!!


segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A AULA DO DRUIDA

 

ebook degustação

A AULA DO DRUIDA -AS EXPLICAÇÕES DIDÁTICAS

 

 Ele chega, em meio a tantas dúvidas, ouço o cajado fazendo seu papel de apoiar o alto e feliz druida, abro os olhos, estava lá no meu quarto, a procurar o rosa mais não encontrou, meu pai, meu amado Melquiades, parecia mais luz, mais velho, mais feliz, estava lá, na madrugada, novamente sentado na beira da cama, abracei e deitei a cabeça em seu colo, senti, completa, um sentimento inexplicável, de plenitude de completude com o divino:

  — Meu pai, sofro tanto, tenho tantas incertezas, senti saudades:

  — Eu sei filha, sempre estávamos aqui, todos, abraçávamos e esperávamos que nos sentisse, mas não podíamos fazer mais que esperar, o que é o tempo, filha, para uma mulher como você?

  — Mulher meu pai, eu? Nem mesmo consigo me formar em uma faculdade, não sei quem sou, como poderei voltar ao penhasco? Não sei se estou pronta, não sei se sou digna:

    Seu penhasco lhe chama, deixe essas convenções terrenas, isso não é para anjos, preciso lhe ensinar, mesmo que a maioria das vezes seja por intermédio da dor. É necessário, continuar sua escrita, o ensinamento da real magia deve ser transmitido, se não que sentido teria? O penhasco sem a bruxa não se faz penhasco, pois quem o contemplaria com os olhos da magia? o portal não se abre, para os que não acreditam, a dignidade é um processo intrínseco que fortalece pela conquista e você minha filha, vem conquistando, sim, será que hoje você ainda acredita? Você agora é uma adulta vamos, levante, cadê suas runas?

Pulo da cama, me sentido a personagem Wendy de Peter Pan, ou Alice do pais das maravilhas, eu queria responder, sim eu acredito, acredito e acredito, em fadas como Wendy, em gatos que sorri como Alice, e na real magia, não me senti tola, queria novamente entregar a tudo e a todos os seres que habitavam meu ser,  pego o saquinho vermelho de veludo, mostro com orgulho, deixo mostrar todo meu esforço e aprendizados, mostro meus baralhos também, mostro o que consegui entender  e aprender sobre os processos que começaram a acontecer a sete anos atrás:

  — Meu pai, entendo alguns processos, consigo agora compreender em partes, era permitido acontecer, mas por mais que me esforcei não encontrei entre a nossa literatura explicações solidas a respeito, O processo do oráculo com as runas e as cartas ciganas por outro lado abriu claramente para mim, não tive tantas dificuldades, é necessário aprender com vocês, meus ancenstrais,  não estou atras das certificações terrenas, por mais que elas tem suas influencias, porem busco algo a mais, algo que me pertence, a pura iniciação, a honra da ancestralidade, e a essência do divino, a fundo  tudo que preenche minha alma, reconhecer os conhecimentos já adquiridos:

  — Vamos filha, o aprendizado lhe chama, o penhasco está a sua espera, vamos continuar nossa conversa lá, onde o vento sopra a seu favor.

Fechei os olhos, com a cabeça ainda no colo de meu pai, senti suas vestes, apertei, senti o frio do chão úmido, abri os olhos, estava lá, no meu penhasco, levantei, sentei ao lado do Druida feliz, respirei, estava eu no meu mundo das maravilhas, na minha terra do nunca:

    Meu pai, ouvi falar em DNA espiritual, na busca do meu conhecimento, então é isso? Realmente somos deuses? Está dentro de nós todo esse poder? Poque uns acessam e outros não?

  — Bem! Falemos de acesso então, no tempo dourado das religiões antigas, como o druidismo, no qual fizemos parte, acreditava que era necessário a sacerdotisa certa para exercer tais funções, como abertura de portais dimensionais, profecias e até mesmo materializações, antes o mundo estava mais aberto fluidicamente para que isso viesse a acontecer, de fato era uma ajuda a mais, nos tempos que se encontram o planeta, certos processos mediúnicos ficaram mais difíceis de acontecer por via de questões magnéticas, porém , todos são capazes de ter o acesso, ele não é negado a ninguém, os rituais, músicas, ervas, escrita mágica, evocações, banimentos e tudo a mais que usamos como ferramentas tem suas funções e fundamentos, porém se a pessoa não quer ou não acredita que esse acesso parte dela, dá o direito para outra pessoa, fazendo dessa pessoa portadora do poder, mas de fato se ela quiser caminhar por sí ela é capaz, a lei é universal é para todos, por que somos criações, sem exclusão, a espiritualidade não escolhe, o chamado é para todos, porém só os que querem ouvir que o atendem e os que não querem dizem que isso é apenas para sobrenaturais, não existe sobrenaturais, todo fenômeno é natural, todos são medianeiros, mas a verdade se abre aqueles que realmente querem evoluir. Então sim somos deuses, pois também podemos criar em menor escala, tudo é consciência do poder, pois, é livre é direito ao acesso, voltaremos a fonte, pois somos parte da dela:

  — Mais didaticamente como ocorre esse acesso, meu pai?

    O desdobramento áureo, já a muito tens falado, comentado e explicado, o afrouxamento áureo ocorre analogicamente igual a produção de ATP na mitocôndria da célula, que transforma energia química em termogênica, esse calor é fundamental para a qualidade da saúde  da camada do perispírito, é fundamental o ciclo de Krebs, esse processo também ocorre no nível espiritual, essa respiração “mitocondrial” ocorre da mesma forma entre espirito e perispírito e o afrouxamento dessa camada produz o que é conhecido como desdobramento, quanto mais capacidade de elasticidade maior a facilidade do espirito sair, já o tônus espiritual dessa camada e também dos cordões principalmente o de Prata, está ligada a saúde da glândula pineal, pois é por ela que entra e circulada, todo o fluido necessário, para todo processo da vida, do manter a força do perispírito, a morte não se dá portanto do espirito, nunca, mais sim pelo desgaste da camada do perispírito e das  micro rupturas que se dão ao longo do tempo nos cordões, se a glândula pineal por algum motivo funcionar debilitada todo resto da cadeia respiratória espiritual será afetada. É na glândula da pineal que também ocorre a transformação da energia sutil em energia bioelétrica, que será fundamental para formação da fibra que produzirá os cordões, como já disse principalmente o de prata essencial aos processos mediúnicos. Tudo flui, tudo vibra.

Você pediu uma explicação didática, o que digo até agora é a respeito do desdobramento, porém a maioria dos processos dos quais você e a maioria dos oraculares possuem muita das vezes não é necessário um deslocamento áureo, vocês acessam de forma consciente o emaranhado de informações que estão no DNA espiritual, conseguem abrir a tela mental da cena correta que deve ser acessada para ajudar a pessoa  que os procura, vocês leem a todos que adentram o campo áureo, por isso a necessidade de aprender a filtrar informações e esse filtro se dá com o aprendizado do equilíbrio energético, blindagens vibracionais e o afastamento psíquico, o que não ocorria as pitonisas, pois essas eram treinadas a estarem a disposição de seus serviços a todo momento, uma prática que fazia ter um desgaste psico-energético gigantesco. O que Morgana estava a concretizar em sua missão, sacerdotal, novamente na época céltica, porem ela estava desgastada, sofria e não queria mais, então fazemos refletir sobre o livre arbítrio, até onde ele vai? Até onde ele encosta nas barreiras do determinismo? O fato é que a capacidade mediúnica não acabaria, não esgotaria, não transmitia, ou fecharia, como ela pensava a acontecer, somente pelo fato dela não querer exercer.

Minha filha, hoje falo, você tem escolhas, senão que sentido teria a caminhada evolutiva? O importante é aceitar a caminhada, comtemplar com os melhores olhos, os dons da vida, exercer com dignidade, honra e felicidade, escute esses conselhos de um velho:

  — Sim meu pai, como disse começo a compreender, me explique um pouco mais, sobre a dinâmica das minhas recordações e dessa facilidade se assim posso expressar ou essa capacidade?

— Quando você vê a cena pelos olhos de Morgana você acessou a lembrança pisco-geográfica, você está inserida na cena é uma recordação, um fragmento que você codifica, já quando você vê a cena do lado de fora da consciência dela, é também uma recordação, porém existe a nossa influência, nós, me refiro, a mentores espirituais, nós a levamos a um ensinamento utilizando de sua experiência naquela situação vivida.

O processo de codificação é feita por um sistema análogo ao sistema de ondas de rádio, ondas senoidais, em determinada frequência, vocês captam a transmissão antes mesmo dela ser uma vibração, usando do canal de ligação direta com a energia sutil, resgatam a informação da fonte e abrem a “porta” certa, esse canal é encontrado em todos os seres, mas a capacidade de codificar já não é para todos, esse acesso direto torna-se então uma capacidade mediúnica, tanto de acesso direto na fonte, quanto o acesso da recordação no próprio DNA espiritual não só de vocês mas de todas as pessoas que adentram seu campo áureo, como já disse, tudo é assim revelado, quando permitido, quando o acesso vem direto da fonte isso pode se chamar profecia, quando o acesso é feito no DNA espiritual pode se chamar psicoresgate.

O psicoresgate, pode ser feito em qualquer ser vivo, incluindo então os animais, minerais, vegetais; os animais possuem memória reencarnatória e diferente do ser humano eles não passam pelo esquecimento próprio do acordo cármico que acontecer com a raça humana. Quando os antigos, exploravam a capacidade de adentrar o campo áureo, de um animal, não estamos falando de uma incorporação, não que isso seria impossível, pelo sistema dos chakras, que em alguns animais são completos, isso não ocorre de fato pois falta o quer consciente do animal, quando a vontade vem do humano ocorre uma troca energética, porem o animal deve aceitar, caso isso não ocorra fazer o processo a força é considerado quebra da lei cósmica, nenhum ser deve ser “violentado” nem escravizado energeticamente, isso é o que ocorre na subjugação, o que ocorre quando permitido nessa troca é a capacidade de codificar e adentrar (psico-geográfico) o quadro mental como citei, o psicoresgate, é o que os xãmas chamam de fonte ancestral é o banco de dados de informação de todas as vidas, humanas, animais e outros reinos e da própria criação do planeta e é lá que habita a sabedoria.

A  capacidade de adentrar essa frequência para busca de informações no banco de dados cósmicos e no DNA particular, também podem ser realizadas através de rituais, para as pessoas que não possuem a codificação, o canal se abre através das aberturas divinas, esse processo é o que foi chamado de Unção, portanto filha, o acesso é para todos, o que os oráculos possuem é apenas uma facilidade, pois seus espíritos foram moldados  pelo raio da energia da personalidade da sabedoria do criador, portanto bebem da fonte do que foi nomeado de Orumilá em nosso panteão céltico Odin, as suas filhas são amparadas por Oxum ou Freya e demais divindades do amor, sabedoria e profecia.

Esse assunto, filha é extenso esse seria um bom resumo, porém ele não acaba por aqui, tudo que hoje vem sendo estudado sobre ondas, frequências, vibrações, DNA espiritual, oráculos, capacidades mediúnicas, glândula pineal, já amplia de fato esse conhecimento, mais não o finaliza, não o encerra, apenas é o início do conhecimento.

O druida continua sua fala, observando meus olhinhos atentos, estou surpresa com tamanha informação, retira seu saquinho da cintura e de lá seu cachimbo, começa a soltar a fumaça no infinito do mar a nossa frente, continuando ele diz:

— Agora os portais; são o poder de moldar a energia sutil e tem relação com o espaço tempo, eles agilizam o processo de codificação da informação e ajudam a deslocar o espirito pelo campo imaterial, sim filha, estou a lhe falar da teoria da distorção do espaço tempo.

 Você não adentra as brumas para ir a outra dimensão terrena ou Inter galáxia, mesmo que isso também seja possível, a viajem acontece para dentro de si, pois o universo reside também na unicidade e na tríade e nas várias dimensões, representada tão bem pelos nossos símbolos, com a triketa (universo exterior) o triskel (universo interior) e demais símbolos celtas; ao longo da evolução foi criado dispositivos plasmáticos que possuem tais capacidades motrizes  de moldar, utilizando da sabedoria vinda dos símbolos sagrados e da geometria divina, hoje em dia a física quântica caminha em relação a isso, uma caminhada que vem desde da época do conhecimento hermético e antes dele, o que posso dizer a respeito disso é utilizando da máxima “tudo que está em cima está em baixo” e mais as leis que se referem a frequência vibracional muito utilizadas na umbanda sagrada está de acordo, com a capacidade de acessar tais dimensões usando do parâmetro da arquitetura divina da simbologia mágica, sendo então possível acesso imediato as encruzilhadas vibracionais do corpo humano, do planeta e do universo plural, pois assim lhe digo, pois assim é, a deflação da luz divina é sete.

Filha! Já é tempo, espero ter respondido algumas questões, para uma adulta agora, uma mulher de dezoito anos, minha pequena Morgana, minha Elaine, não tenha dúvida da sua dignidade, para estar aqui, para acessar qualquer informação, o importante de fato é a liberação dela, o conhecimento não é para os egoístas, você está tendo acesso e possibilidade de moldar ( magia) e sempre terá, pois a capacidade para tal é conferida para os filhos da sabedoria, aqueles que tem o poder de disseminar, transmitir, germinar a informação, a comunicação o conhecimento para todos que queiram saber, beber da fonte inesgotável para o bem maior, para a real magia.

Volte, e esteja preparada para sua missão.

Fechei os olhos, abri novamente, estava deitada em minha cama, sentindo pelo toque as vestes de Melquiades, o cheiro do musgo do carvalho invadiu o quarto pela madrugada a fora, meu sensorial estava novamente aguçado, o chamado novamente chegou, as noite escuras do penhasco dissipariam, reviveria minhas melhores recordações e as piores também, sabiam que estavam por vir, mais o acalanto de poder estar lá de qualquer forma me trazia satisfação, pois eu tinha que transmitir o ensinamento da minha vida de penhasco.

 


sábado, 20 de agosto de 2022

CAUSO VÓ CAMBINDA

É interessante que eu descreva a estória dessa grande sábia entidade que me deu a honra e prazer de poder evoluir pelo seu amparo e exemplo.

 

Vó cabinda em sua última romagem por esse planeta, veio trazida para o Brasil, da África, mais especificamente do porto de cabinda, grande entre posto comercial, recebia o nome de rota de Mina ali recebia os escravos da região oeste da África (sudaneses) aonde hoje situa a Guiné Bissau, antigo povo da republica de Daomé, quando estes falavam na língua Ioruba eram chamados de Mina ou nagôs, foram trazidos para a região norte e nordeste do Brasil para trabalharem no ciclo do açúcar. No século XVI e XVII.

Ela chega ao Brasil com 12 anos é levada a uma fazenda engenho no estado do Maranhão, não vou me deter a datas e ao nome da fazenda que ainda persiste nos tempos atuais, preferíamos deixar em segredo, também não vou me deter em sua origem seu nome sua infância, pois isso seria estória para outro causo, no qual ainda não estou permitida a revelar. Nos detemos nos fatos.

Palavras de Cabinda:

—“ Ah fia, desde que cheguei no engenho, tive meu serviço acertado, meus bracinho eram finos, diziam, que eu não prestava pra cortar cana, que de tão miúda era possível o capataz nem me nota, então criança que eu era, eu ia ficar por conta dos meus miúdos da senzala, cuidava pra eles crescerem fortes pro serviço, então eu cuidava das dores de barriga, das perebas e de tudo que criança tinha, até mesmo as escondidas brincava de roda pra enganar a fome dos coitados, então os anos foi passando e me tornei assim cabinda que hoje os fio chama de babá, então fui consagrada pelas mães da senzala de menina d´agua, porque eu era de Iemanjá¹ porque vim lá do porto, mas também de mamãe oxum e protegida pelo gênio forte de xangô, nosso rei. Agora fia vou te explica porque mamãe oxum também é minha madrinha.

Certo dia, já contava eu vinte e duas luas, fui chamada na casa grande, me levaram pro quarto e eu tremendo seguia a iabá gorda e muda, abriu a porta e eu vi a senhora ali chorando no leito me estendeu a criança branca em volta a mais pano branco, a única cor que eu via na criança era a bochecha vermelha, as mães de leite olhavam pra mim como se viam a própria mamãe oxum, então a senhora me perguntou:

— Você menina, tem leite?

—Eu senhora?

— Você, faça sua mandiga, alimente minha filha.

Calada e acho que até pálida, fiquei parada congelada com a menina nos braços, fui interrompida em meu momento de terror por uma das mães de leite.

— Cabinda minha criança, nós já não temos força no leite, só sai um riachinho o que fazemos para amentar a Sinhazinha? Você tem um dom, então vá na morada de oxum e peça com fervor que ela mostre sua valia.

— Mãe Joana, tenha piedade, deve tá faltando miolos... Senhora, nunca tive grávida, como posso então ter leite? Dá logo o de cabra pra criança.

 —Já tentamos de tudo, a menina vai morrer de fome e se isso acontecer, você também, juro por meu Deus, pelo seu Deus e qualquer orixá que vocês cultuam, se for pra ser assim peço a eles a salvação:

             — Bem fia, vivi bem sabe, na época, que era impossível ir contra a senhora estava conturbada e a mães velhas crentes demais para realidade chama-las, mãe Joana disse a senhora que me entrega-se algo de ouro para que a “mandiga” desse certo, no ímpeto ela relutou mas acabou dando como ela disse o pagamento, sabemos fia que não é nesse sentido que as coisas andam em se tratando de oferendas a orixás, mas era perca de tempo tentar nos explicar. Ainda com a criança branquinha nos braços saí, passei pela cozinha e peguei, um tablete de rapadura, pensando na proteção de ibejim que não me deixa-se morrer, fui escoltada a cachoeira mais perto.

Chegando lá tudo fez sentido, logo que cheguei levei foi um baita de um susto, quando vi Exu, parado com aquele olhar, ah! Aquele olhar de Exu, você sabe, tremi toda, nunca tinha visto orixá nenhum, curvei diante aquele gigante que não me disse nada em palavras mais conversou comigo mentalmente pedindo que os jagunços não passassem dali, lá fui eu explicar aos homens maus, rindo mas aceitando com medo, coloquei a criança em uma pedra, não sabia o que fazer, tentei me acalmar, então uma voz dentro de mim fez o som da cachoeira sumir, então  a voz me disse que a criança deveria ser salva e que ela faria bem ao meu povo, então ressoou em mim o pedido... Cante.

Cantei a Exu¹, a Xangô¹, a oxum¹, a ibejim¹ e ao meu pai Oxalá¹. Clamei, pela minha vida e me despindo de orgulho também pedi pela vida da criança, ofereci doce, partindo uma parte para as dezenas de indiozinhos espíritos que me olhavam curiosos lá da mata, então pedi pelo amor de Oxóssi¹ por oxum, que ele com todo seu conhecimento também abençoa-se aquele rito, banhei a cabecinha da neném, bati cabeça na cachoeira, me banhei com respeito e entreguei as aguas a correntinha brilhante de ouro a sua verdadeira dona, a mãe por excelência pedindo que me desse o leite para amamentar não só aquela branca criatura filha também de Olorum², mas a todos meus miúdos que necessita-se, pedi também a ela que adoçasse a senhora, que os dias na fazenda fossem de paz, no momento não vi mais nada, fui tomada pelo amor de Oxum, não sei fia... Como descrever pra você, mas tento passar esse amor que recebi a todos até os dias de hoje, e ele, o amor, nunca se esgota, é infinito como ela minha madrinha oxum.

Saindo do êxtase, tentei ainda acanhada dar o peito ao serzinho que ali estava, já tremendo de frio, pelos respingos da água da cachoeira, então o milagre se materializou, o leite jorrou eu chorei e a sinhazinha se fartou.

Oxum estava em mim, não sei se para me guiar em minha missão ou pelo amor incondicional as crianças, ou pelo dois, sinto que oxum se fez presente por meu corpo, mas não por mim mas pelo ser frágil em meus braços e pelas tantas que viriam.

Voltei ao engenho, entreguei a bebé, fui abençoada por mãe Joana, que tratou de contar o milagre de Oxum para todos, a senhora liberou uma festa na senzala, me agradecendo com desdém, achando ser apenas mais um serviço prestado, mas oro por ela, pois se não fosse o desespero de mãe eu também não saberia o que é o amor, meus miúdos comeram até ficarem com a barriguinha estufada, sabia eu, que no outro dia teria muitos chazinhos para preparar, a vida seguiu e o leite também.

 Porém fia, no tempo dessa minha última existência eu nunca pari um fio meu, cuidei com fervor e resignação de tantos miúdos, mas nunca nenhum de meu ventre, aliás essa seria outra estória pra um dia se oxalá permitir eu te contar.

Hoje fia, estou feliz em ter sua companhia e caminharmos juntas, minha menina de oxum, mais feliz ainda em poder fazer seu ventre gerar uma nova vida tão desejada e amada, que esses laços de amor durem infinitamente, pois o que seria desse planeta sem o ventre das mulheres?

 

1:orixás, seres da natureza, divindades, partes de um deus, seres do panteão Africano Ioruba. Cada qual com suas funções e personalidades.

2:olorum: entre os povos da costa da Guiné e regiões vizinhas, ente divino abstrato, eterno, onipotente, criador do mundo e cuja epifania é o firmamento [Tem estatuto acima dos orixás e pode não ser entidade originária do panteão negro-africano; não é objeto de culto regular no Brasil nem na África.] fonte: internet

Iabás: O termo Yabás refere-se ao Yorubá, dialeto africano que, traduzida, significa, “mãe”, “senhora”, “aquela que alimenta seus filhos”. Na religião de origem africana, as Yabás são orixas femininos, representados por Nanã, Iansã, Oxum, Obá e, Yemanjá, entre outras. ( fonte: internet)



PESQUISA SOBRE ESTORIA DA PROVINCIA DE CAMBINDA: