domingo, 14 de abril de 2024

ALIMENTAR

Como o teatro que é mágico.
Devagar em ondas de Buarque.
No pub escuro, hoje falante.
Alegre festivo, familiar.
Sinto- me vazia.
Como a taça do bom vinho português.
As verdades vem, como marolas 
Nostaugica maresia de Sintra.
Essa pode ser a gota que falta para o mar desaguar.
Mas de lá só tenho o vinho.
Ou não tenho nada?
Esperar... Que o choro acabe a olhar o sol frio desse lugar.
Ouço a bandinha tocar.
Ouço coração a chorar.
Chorinho no samba.
Esperar...esperar...
Moça não alimente esperança.
Moço não alimente desejo.
Não amar é morrer de fome.
Que ladainha.
Que sofrimento.
Mas pra que? Insistência de Amar.
Não amar.
Ah! Mar! Vermelho purpurina da costa Portuguesa, como a áurea do poeta ruivo.
Estar e não estar a degustar.
Deságuar pesar.
No samba vou mesmo me amargar.
Me amar.
Não nos amar.
Mar agridoce da vida boêmia.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Quero

Quero a boca que me beija.
Quero o olho que reluz.
Quero saciar desejos.
Quero verdades que curam.
Quero êxtase que cria.
Quero o choque do plexo solar e a explosão da kundalini.
Quero ,Quero, Quero.
Porque deus disse faça.
Sou criação divina e profana do querer onipotente.
Então porque não querer?
Enquanto querer serei humano.
Serafim não serei.
Querubim tão pouco.
A rabeca toca, faço a luz.
Partícula do poder.
Eu sou,eu quero, eu faço.
Egocentrismo mundano que salva o projeto terra.
Sou Danu a gritar louvores aos anjos que a entendem.
Língua bendita.
Líquido sagrado que escorre entre as montanhas do Tibé.
Ouço o vento da criação.
Mais um poema profano 
Mais uma bruxa sendo bruxa.
Acusada.Apedrejada. Queimada.
Mal dita na boca hipócrita.
Desejada e negada.
Quero, quero, quero.
Quero o anjo no calor dos seios fartos.
Na boca carnuda.
Delirante ilusão cheirando a ópio.
Ilusão, real na teia do amor universal.
Expulsa Eva, pejora lilit elas entederam o amor.
E eu? Ah eu só quero o beijo do Anjo.
Não sei sobre o amor, nem tão pouco sobre sacralidade.
Eu sou o amor, eu sou bruxa sagrada.
Eu sou, eu quero eu faço.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

O Banco

Bancos
24 de fev. de 2024


Bancos são bancos
São de Drummond e Pessoa.
Pessoas comuns.
Pessoas apreciadoras.
Solares e taciturnas.
Então vamos falar de bancos 
Não de por do sol
Ou neblinas geladinhas.
De jardins e movimentos.
Vamos falar de bancos.
De brancos e pretos, azuis talvez.
Coloridos arcoiris no play.
De bancos enfim de calungas.
De bancos de pracinhas risonhas.
De bancos enamorados escodinhos.
De bancos mineiros e praianos.
De bancos europeus.
De bancos com sabor de sorvete
De bancos com choros.
De bancos com vida.
Bancos de encontros.
Bancos de despedidas.
Ah! Mundão de bancos.
Quero todos para mim.
Mas um banco me quer.
Ele chama por mim.
É um banco português que deixei em Sintra. 
Nem me lembro quando...
Talvez primavera ou outono?
Aquele banco português.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Cacos


Fácil seria se fosse compreendido, mas creio que nada é.Escrever para sentir bem, em conexão com quem eu sou, estado de paz.Quem será que me julgará? Existe alguém nesse plano e no outro que falara para não mais acessar o passado?Sim, tem e já me falaram, mas como não deixar fluir entre os céus da vida se essa é minha essência?Saber para onde vou e o que devo fazer nescessriamrnte se liga em quem eu sou e eu sei quem eu sou, não sou apenas fragmentos, juntar-se-a os cacos de mim é assim que me sinto e quando sinto-me inteira novamente outra parte ressurge, tímida comi a me disser: estava a te procurar, mas me perdi.Saber hoje que não estou só, me conforta ao extremo e ao mesmo tempo descoforta,pois eu assim solitária sempre me senti, pensar assim que talvez não me acostumar a entender que seres me acompanham, zelam por mim e saber que meu fracasso é decaída deles, me assusta! E nesse tempo impulsiona a ser melhor a fazer valer a pena a guarda esperançosa desse anjo da escuridão e da luz, vejo assim nesse momento que a vida seja simples jogar de pedrinhas no rio e não pensar em nada.Eu sei que não estou lá,agora sei que pedi para estar aqui e que pessoas tomaram e pagaram por descisoes que envolviam-me.Onde ficar? No linear da vida e da morte? Só sei que os mortos vivos são meus zeladores.Talvez assim que os chamam,mas eu os chamo de família.Subir juntos, cair juntos, zelar pelo bem e pela evolução espiritual, material e moral, quer mais sentimento fraternal que esse?Não sei por onde começar com toda essa informação é como receber um brasão, um título explendido e não saber como se portar diante a realeza e de tudo que está nas suas mãos.
Mas creio que eu precise simplesmente ser eu em cacos, ou inteira, ser consciência, essência e ela é ser feliz e querer aprender sempre é querer passar esse aprendizado da real magia é ser assim silenciosa e simplesmente agir é doar de mim a energia da deusa e transportar meus portais é ser parte natural da natureza é correr e cantar em oração interminável na estrada dourada da vida cigana, debaixo da oliveira descansar e avistar a barraca e pensar...Logo chegarei e alcançarei minha família.

lembranças



Então assim me pus a escrever como alguém que desce um longo e ingrime penhasco.
Não sei ao certo do que ou de que quero escrever.
Talvez escreva sobre naves espaciais ou sobre lobos na floresta antiga.
Isso é reflexo ou seja o rio de imagens soltas da cachoeira da mente, talvez 
seja apenas pedras que não interferem mas sim moldam o curso da água, desse 
riacho de pensamentos que surgem em uma tarde internitente.
Talvez eu queira falar sobre as miteriosas Pitonisas do templo de Delfos, 
falar sobre o Egito ou sobre mim, a testemunha de um crime é o próprio sol, o 
mesmo de todas eras de todas as vidas de todos os becos escuros da Ingraterra.
Talvez venha no ar o cheiro dos calorosos Bordeaux de Londres e os chás da 
Reviera francesa, entre tardes pacíficas e conversas fúteis.
É o mesmo cúmplice aquele sol.
Que mistério oh! meu Deus, em minha existência? Será ele o anjo que guarda com 
olhar acusador e sereno as cenas dessa infinita novela.
Será ele o mesmo sol...

coração vazio

Coração Vazio
29 de nov. de 2023

Vazio.
Começo?
Fim?
Vazio.
Criar?
Não criar?
Expectativas de vida, morrer?
Viver?
Morrer?
Sem expectativas?
Sem experiências?
Acertar?
Errar?
Vazio.
Tudo? 
Nada?
O silêncio frio da madruga, não é tão profunda quanto a do meu coração vazio.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Sagrada 2


Sou Exu
Mas também sou pombogira
Sou o meio da encruza de oxoroque.
Sou a maldição bendita de oxoronga
Que desliza piamente nas asas de Pegasus.
Sou a perfeição do ying e yang
Sou a costela de Adão?
Sou o rabo da serpente na constelação escondida.
Sou a cor do olho de horus.
Sou a água que jorrou das lágrimas mimadas de oxum.
Sou o desejo do inefável.
Sou a dor do abismo dos aflitos.
Sou a coroa de espinhos
Sou o ouro de Salomão.
Sou o vento no deserto que busca o segredo do alquimista.
Eu sou e por ser eu não sou, na espuma quântica do bailar da magia.
Eu nunca serei e sempre fui a geometria sagrada.
As diversas formas do amor 
Eu sou a diversa forma de dar a vida
Eu sou a diversa forma do querer facetado da ordem.
Porque eu sou o caos.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Carta ao humano



Prezado ser humano.
 Escrevo para lhe pedir que reflita sobre quem tú és.
 Você é sagrado e profano é o meio da encruzilhada de oroxoquê.
 É projeto do desejo da ordem em meio ao caos existencial.
 Dizem que tú és poeira cósmica, um amaranhado perfeito de sistemas, uma alma 
que habita a dualidade, para expereciar a matéria.
 Viva a matéria, sinta o vento, o sol a lua as estrelas a chuva e o silêncio, 
o cotidiano da cidade e a natureza que nos conecta. Reze e dance a vontade.
 Portanto reflita e respeite-se, você é todo colorismo, todo gênero e toda 
forma de amar, és arco-iris cósmico de Oxumarê.
 Astei para sua vida a bandeira fûnfû de oxalá, leve afrente o opaxorô de 
oxalufã.
 Como diz Simone de Beauvoir "Que nada nos limite, que nada nos defina, que 
nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é 
ser livre".
 Ah! Meu querido ser humano, clichê perfeito da obra da minha mente 
onipotente. Que surfa na Bruma quântica do ser e não ser, da terceira dimensão.
 Você pode ir além, mas que continue sendo, diversidade, minha pluralidade 
divina.
 Encerro minha singela carta a tí, na esperança de que aqueça os corações 
frios dos que fazem guerra, desequilibram o sistema, corruptos seres que também 
amo.
 A todos seres humanos, sejam livres!

Caos



Sou Exu
Mas também sou pombogira
Sou o meio da encruza de oxoroque.
Sou a maldição bendita de oxoronga
Que desliza piamente nas asas de Pegasus.
Sou a perfeição do ying e yang
Sou a costela de Adão?
Sou o rabo da serpente na constelação escondida.
Sou a cor do olho de horus.
Sou a água que jorrou das lágrimas mimadas de oxum.
Sou o desejo do inefável.
Sou a dor do abismo dos aflitos.
Sou a coroa de espinhos
Sou o ouro de Salomão.
Sou o vento no deserto que busca o segredo do alquimista.
Eu sou e por ser eu não sou, na espuma quântica do bailar da magia.
Eu nunca serei e sempre fui a geometria sagrada.
As diversas formas do amor 
Eu sou a diversa forma de dar a vida
Eu sou a diversa forma do querer facetado da ordem.
Porque eu sou o caos.

O retorno de Mabon



Como contar sobre uma paixão se não estiver vivendo uma?
Não sei se é Fergus, mas vivo uma paixão de Mabon, me chaqualhou e foi ao chão 
as minhas folhas secas.
Adubou minhas terras e está me preparando para o por vir, que não sabemos, 
propõe viver o momento, estou no presente curando os medos do passado, o 
presente é ferida aberta, que deve ser fechada com zelo e carinho.
Nós permitir ao encontro, saborear o beijo e reviver o arrepio que vem lá dos 
tempos do velho salgueiro.
Não sei se é Fergus...mas o medo de me perder, grita nele, fica! Ele diz.
E dentro de mim tento não pensar na hora de partir, tento ir ficando sem 
pensar nesse sentimento de não pertencer a lugar algum e peço a Deus para que 
ele passe pela minha mente apenas como um devaneio.
Me dá ao direito de ser livre como Morgana.
De viver a observar as brumas 
Ser mistério indecifrável.
Ser paixão que impulsiona.
Não sei se é Ferguns.
Só sei que é Mabon... E quero viver uma paixão.
O cuidado que acolhe, o companheirismo que aquece mais que o sol e as cores 
sepsias de Mabon.
O beijo que completa.
A mão que ainda se esconde da bruxa.
Deixe-me ler, guerreiro, bruxo e alquimista.
Templario, maçônico.
Não sei se é Ferguns.
Presente da deusa nesse início de Mabon.
Encontro certo entre a bruxa e o guerreiro.

A Sagrada



Não sou sagrada
Sou profana.
Sou sagrada
Não sou profana.
Sou bruxa.
Sou magia.
Sou o que os outro não querem ver.
Sou o movimento do triskel.
Sou a chama da vida.
Sou o sopro do oráculo.
Sou a maçã envenenada
Sou a santa e a prostituta.
Sou o fio de cabelo de Madalena.
Sou o perfume do azeite.
Sou sagrada para os que desejam.
Sou profana para os que me odeiam
Eu sou a sagrada fonte do profano humano que faz descer os anjos e os 
exércitos e se tornarem terrestres.
Na cama quente de Midgard.
No cerne da mãe sagrada á profanam para serem mágicos, serem luzes na terra 
escura.
Brilha o olhar do anjo.
Brilha o profano no sexo sagrado.
Dá uma lambida no seio farto de Danu.
Eis que somos humanos e gozamos da sagrada profanação de viver.
Sou Exu
Mas também sou pombogira
Sou o Molejo da pele colorida.
Sou o meio da encruza de oxoroque.
Sou a maldição bendita de oxoronga
Que desliza piamente nas asas de Pegasus.
Sou a perfeição do ying e yang, escondido nos pirineus taoistas.
E nas platacões de arroz da antiga china que zelam os segredos do zoroastrismo.
Sou a costela de Adão?
Sou o grito do alcorão.
Sou o fio da navalha, escondia do malandro.
Sou o rabo da serpente na constelação escondida.
Sou a cor do olho de horus
Sou a ira de set.
Sou o guardião da calunga.
Sou a vela que ascende na oração zelosa da mãe.
Sou a água que jorrou das lágrimas mimadas de oxum.
Sou o desejo do inefável.
Sou a dor do abismo dos aflitos.
Sou a coroa de espinhos.
Sou o colo quente das cambindas.
Sou o ouro de Salomão que reluz sabedoria perdida.
Sou o vento no deserto que busca o segredo do alquimista.
Sou a árvore da vida, a cabala, a cabaça, o útero, o graal.
Sou a raiz de do Ogman.
O opaxorô de oxalufã.
A armadura do guerreiro da estrela guia.
Sou o arco-íris de Oxumarê depois da chuva de nanã 
As runas que sussurram o sagrado buzios na peneira de orumilá.
Sou as mãos da benzedeira, a cruzar três vezes meu corpo na Bahia de todos.
Sou o suor da criança e a fome de caltutá que grita no ouvido do muro de 
Jerusalém.
Sou a eterna guerra fria, nos corações quentes dos coronéis de vários templos 
e tempos.
Sou o baralho puido da cigana que canta os desamores dos poetas boêmios.
E dizem adeus de suas caroças e levantam a poeira da ilusão.
Sou a sibila embriagada no templo de pítia.
Sou o orvalho de bhá que resoa na radiônica.
Frequência cósmica da criação do pensar.
Eu sou e por ser eu não sou, na espuma quântica do bailar da magia.
Eu nunca serei e sempre fui a geometria sagrada.
Eu sou o santíssimo perdido com a arca da aliança.
Sou as apetitosas maças de Avalon engolidas pelas brumas.
 Eu sou as diversas formas do amor e da vida.
Sou o esperma campeão coroado com louros gregos da vitória infâmia, sou a 
regeneração, a evolução hipócrita de Darvin.
Eu sou a diversa forma do querer facetado da ordem.
Sou a justiça no tribunal de xangô na tribuna de netuno, o atalho entre os 
sete mares.
Sou a porta que se abre nos plantões dos hopisitais brancos. E sem pulso.
Sou a liberdade básica das favelas, cortiços e guetos que fazem cultura na 
contra cultura de ser.
O "che" invisível o índio banido.
Sou as sete linhas sagradas da umbanda a fazerem estórias no solo 
preconceituoso.
Sou o cangaço rebelde que vive no cerne.
Sou Mandela e a paz conquistada?
Porque eu sou o caos e a serenidade.
Eu sou a sagrada.
Eu sou a profana.
Entre o sagrado e o profano eu sou a diversidade chamada humano.

Liberdade



Existe liberdades falsas.
Existem sensações falsas.
Existem relações falsas.
Existe falsidades.
Só a flor do ipê amarelo que desacopra da veia materna é capaz de ser 
verdadeira.
Vajam só o canário canta para eu passar.
Ele me repete uma ladainha singular: cuidado garota existe liberdades falsas.
O pensar é livre? Mas se o for não importa ele também pode ser falso.
A verdade não existe.
Soa a trombeta do anjo.
Desce a caravana humana aos mares.
Morrem Romeus e Julietas.

canarinhos



O amor é como a relação invisível entre os canarinhos.
São só para eles não para humanos.
Porém quem conseguir ascessar essa força invisível em seu mínimo potencial 
ousará a descobrir o amor.

sábado, 23 de dezembro de 2023

A Prostituta

Talvez eu sejas apenas uma prostituta qualquer esperando o bardo solitário passar.
Brincando com meu ego que diz ser eu uma sacerdotisa a esperar a luz nos olho dos discípulos.
Ilusão dos desejos carnais, que tripudiam em meu cerne na briga constante em nega-los.
Na euforia de se deixar consumir pelo fogo que não seja pecado.
Talvez eu seja apenas a prostituta santa. E ponto.
Nem bruxa nem fada.
Apenas a prostituta.
A cigana transgressora a tentar divinizar o eter sagrado da controversas do cosmo mágico.
O ventre sagrado ou a cama quente onde nasce a verdadeira magia.
A prostituta,o vazio não habitado do cheio.

A Mima da Garota

A garota dança na soberda
Na arrogância
Na mima
No melindre
No egoísmo disfarsado de coragem.
Sem cor.
Pálida alma sem rezo
Sem vida entendida.
O que faz então a garota quando tudo vai a baixo?
No fim do poço da realidade?
Vai pra campos frios?
Viaja na loucura da mentira.
Triste ver a vida jovem sem temor.
O temor bom que te faz humano, temer a hipocrisia.
Mas de hipocrisia em hipocrisia a juventude vai se arrastando na falsa tela de cinema.
Na cibernética vida vazia de avareza, ciúmes e recalques.
Vida quadrada,moralista e mediana.
Algodão doce que a qualquer segundo desmancha e não na boca mas no chão.
Dura queda abençoada.
Mas até lá vamos orando pelo salto quântico.