sexta-feira, 24 de julho de 2020

A ANCIÃ - NANÃ, A MÃE DA TERRA

 ... A casa cheia de regras e ela a anciã sempre de costa para a porta da cozinha, o aroma de seu caldeirão, suas poções e unguentos...
fragmento extraído do livro: A BRUXA DO PENHASCO.

Aproxima- se o dia de Nanã buruque.

Para mim Nanã, representa a força da ancestralidade, a energia que "decanta" energias densas e purifica sem muda-las, ela é o poder da própria alquimia divina, que transforma sem modificar a essência de quem realmente somos, seres divinos, encarnados em matéria pesada para nos reconhecer como tal.
Não existe transformação,existe conscientização.
Salubá nana e seu barro, matéria primeira da criação.
passe-o sobre mim e me mostre meu verdadeiro eu.
Dela também vem o conhecimento dos oráculos, ela sabe dos mistérios da criação, sussurros das runas universais, pois ela faz parte do inicio do meio e do fim.
O poder da bruxa anciã, em todos nós.
A voz que guia com sabedoria de quem já viveu e passou por vários, ciclos.
zeladora da roda constate de vida e morte terrestre.
Pois tem em seu elemento o principio da vida (água) e da morte (terra) mas sem ela, a terra, como renascer?
somos filhos dela, dessa imensa massa azul, que chamamos de terra.
Nos reconhecermos como tal é o primeiro passo para a elevação do espirito.
No conceito do estudo dos passes magnéticos,não exite um passe que seja puramente " limpo" vindo da energia vital, nos somos receptáculos, no qual decantamos essa força, não a modificamos mais acrescentamos fluidos anímicos a ele, pois se assim não fosse não conseguiríamos absorver.
 Assim como na respiração celular, também é esse conceito, assim como os nutrientes entram na célula pela membrana celular e são "transformadas" em energia pela mitocôndria, assim é esse processo, a anergia entra "pura" absorvemos e passamos para quem está a nossa volta com um pouco de nos.

Mágico? cientifico? energético? 
Bem !!! disso tudo, podemos constatar que o que podemos fazer é ser melhores receptáculos, parar de jogar lixo nos outros e de os produzir em nos. Não é errado passarmos um pouco de nos aos outros, isso é um caminho mágico e sacerdotal, mas devemos saber o que doamos ao próximo.
Nanã é a força que molda nossa membrana, se tornar flácido ou rígido depende de nosso propósito, com quais energias nos agrega  o que passa por nos. 
Perfume ou veneno?
Por isso as anciãs, as bruxas, as sábias, sempre tinham consigo, o remédio e a sicuta, tinham o conhecimento disso, o dizer popular que não importa o frasco, nem todo ele é verdadeiro, o frasco importa sim, é ele que irá conter, não tirando mérito do conteúdo, é claro, mas a vida útil da poção depende e muito do frasco bem escolhido.
Me entenderam?
O que hoje nos tornamos faz cada dia mais, sermos de "plástico", inúteis, o conteúdo então nem se fala,.
Que possamos entender essa magia, voltarmos a alquimia primeira e verdadeira, entender, que decantando nosso ser, sem perdemos a essência é um dos primeiros passos, para a real magia.
Somos filhos da terra, somos terráqueos, porém temos em nós a centelha do universo divino, mas não somos o todo, somos parte, e tal equilíbrio é o que nos faz evoluir.
voltar-se para essa questão é se voltar para os primórdios de nossa criação.

Nanã, mãe da terra, que todos os dias possamos nos decantar em seu pântano.