segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

A BRUXA E O MULTIUNIVERSO

 





Muito se fala sobre a bruxa e a natureza, sua conexão expansiva, com os seres elementais, e seu acesso ao reino vegetal, mineral, aquático, terrestre...

E sobre o éter?

O que podemos falar, a facilidade de conexão aos reinos, nada mais é do que aberturas magicas direcionais, magia, transporte de intenção, se não houver intenção na interação ou não tiver motivos positivos não a conexão, logo não há magia e sim submissão, fascinação, magia negativa.

O propósito abre o mundo do éter, não consigo agora descreve-lo, existem outras literaturas que a descreve, como por exemplo  em paracelsus, basta procurar, o éter é a ponte de Asgard, a ponte Zoroastra, o arcoiris cósmico, a conexão da bruxa para qualquer encruza energética, qualquer embaixo e em cima, o movimento do triskel, o acesso ao multiuniverso, aos mundos e aos arquivos cósmicos.

O éter jorra da bruxa em perfeita simetria quântica, quando está acessa a real magia, é matéria abundante e ao mesmo tempo escassa, a conexão com o multiuniverso não é algo a se tratar com alta magia, é na simplicidade que acontece, na sinceridade e no potencial moral de quem o molda.

Existem os guardião do éter, e a eles devemos respeito, a eles oferecemos bebidas alcoólicas, o álcool é volátil e transportam o éter, junto a ele nossa magia, intenção e poder, o éter plasma DNA espiritual e nele todo emaranhado de experiências, nessa sopa cósmica encontramos respostas para tudo, nele habita a sabedoria superior.

A capacidade de moldar, acessar e produzir o éter é natural da bruxa, podemos produzi-lo de qualquer matéria natural, do fogo, da terra, da água e do ar, fazendo ele ser a material primordial de todos os elementos.

Logo ele habita na matéria humana, o importante que venho explicar é que o éter é naturalmente pertencente a criação, o importante é qual intenção e poder terá esse plasma, podemos molda formas pensamentos usando o éter para transporta-los, entende o potencial? a magia é psíquica.

Para ter acesso ao multiuniverso é necessário, não de grandes iniciações, mas de grande moral, porque se assim não o tiver o acesso é restrito. Trabalhando a moral; bruxas! trabalhamos a magia psíquica e com ela as boas ferramentas naturais que nos são dadas da fonte suprema.

Vasto é o assunto, a manipulação do éter e o acesso ao multiuniverso, não se resume apenas em magia psíquica, ela é parte da ciência que diz respeito a real magia  e a alquimia quântica.

Mas de imediato o que venho revelar é que a capacidade é natural não quer dizer que todos a acessam e que a moral é ferramenta primordial para qualquer magia de manifestação, transporte e transformação, seja ela de cunho energético, alquímico, quântico ou magistíco.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O BANIMENTO PARA A BRUXA

 


O BANIMENTO consiste em manda embora, uma energia, seja ela energia aglomerada ou etérea, de cunho negativa.

Porém refletindo sobre essa circunstância, o poder de realizar esse ato mágico é dado a todos, nenhum ato mágico de fato não necessita de dom ou poderes surreais para poder colocar em ação.

O Banimento é o poder em ação da palavra, o verdadeiro verbo.

Para realizar tal "poder" é necessário apenas de algo, nem mais nem menos, nem palavras prontas e nem rimas, nem símbolos ou ordens, nenhuma ferramenta mágica, a única coisa que se faz necessário é o discernimento, o bom senso, pois o que é bom ou ruim? aquilo que não fere o livre arbítrio, e se manda embora ela não se desfaz, não é consumida, é banida, mas para onde?

A REAL MAGIA, foca na transmutação, na anulação, energética e não só no banimento, que tem todo o seu holofote na magia fictícia, podemos banir? sim, mas tenha certeza que uma bruxa que pratica a REAL MAGIA, entende que esse banimento é temporário, nada fica no lugar, e se fica é porque está errado, a estaticidade é o oposto da Magia, a verdadeira sacerdotisa busca resolver a questão, absorver a energia, transmutar, amparar, amar, somente amando podemos anular o "negativo", compreender e não repreender, talvez soe, clichê, porém na minha mente soa apenas a lembrança, dos guetos, sejam eles americanos ou alemãs, entendem? a ação da não compreensão faz BANIR algo diferente, algo, ruim, algo que não é aceito, absorvido, será mesmo que esse é o caminho?

Dissemos que estamos Banindo o sabats, a palavra banir ficou genérica, para varias questões mágica, mas de fato, não baniremos a roda cíclica, as estações passaram, não temos controle sobre o inefável, como alguns acham, a soberba faz a bruxa disser: eu banirei tudo e ninguém é contra mim! 

Banimos o que de ruim a estação nos trouxe, mas será mesmo que é necessário, banir ou apenas aprender com ela, por exemplo, o mórbido yule, é momento de reflexão, se não há retidão não á sabedoria, tudo gira em conformidade, banir algo é mexer na ordem do caos, devemos aprender a banir, intrinsicamente, limpar, seria melhor dito, limpando apreendemos a discernir, assim como crianças a organizarem o quarto, devemos ter ordem interna, para podermos entender a REAL MAGIA.

reflitam... reflitam novamente... A REAL MAGIA, se importa em  manifestar o poder da transformação e não apenas banir algo que para nos seja ruim, devemos limpar energias e não apenas coloca-la debaixo do tapete, amar é a REAL MISSÃO.

De fato existe toda uma teoria que embasa o banimento, era usado a muito pelos nossos ancestrais, mas não quero aqui dividir opiniões e nem tão pouco insuflar discussões sem valia, nossos ancestrais, entendiam que não era apenas a ação do banimento, que resolvia o problema, era necessário, uma grande equipe para que depois de banida, fosse amparada e ressignificada ,pois tudo que é energia, é obra da criação, e não podemos agir tão covardemente achando que o "poder" de banir é nosso, não! não é, nada fica de fora, tudo é holístico, tudo deve reagir a ação, tudo tem movimento, tudo deve evoluir, tudo é irmandade. Mesmo o negativo.

Espero que tenham me compreendido, isso é um do ponto a ser analisado e refletido na REAL MAGIA, que é me passado, pelo estudo em conjunto a meus ancestrais. Devemos analisar essa técnica.

Já fomos BANIDAS, iremos agora BANIR? ressurgimos das cinzas da inquisição, interna, para ampliar a consciência e amar e curar o mundo pelo exemplo do sagrado que habita em nos, temos o dever de compreender, mesmo não sendo compreendidas, e invés do impulso do banir, convencional, visão de uma bruxa , devemos agregar, essa é a ação da nova bruxa, da REAL MAGIA.


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

A DETERMINAÇÃO DA BRUXA

 

EBOOK degustação do livro A BRUXA DO PENHASCO, na plataforma da Amazon, no link a baixo
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Façamos questionar, sobre o elo da magia, a ponte que liga o fazer e acontecer, o que o seria?

Podemos aqui fazer um manual, faça aquilo ou isso para abrir um circulo mágico e tantas outras modinhas que estão virilizando por ai nesse mundo bruxesco cibernético.

Porém, teria mesmo potencial da verdadeira magia?

A determinação é o poder nato da bruxa.

Pois é ele que gera o elo da transformação da magia.

A extensão da varinha magia é uma determinação, não tiro aqui o poder dos materiais mágicos, cada um com os seus e cada qual com seus fundamentos.

Mas como uma bruxa ousa apontar sua varinha sem uma DETERMINAÇÃO.

Impossível !!! determinar a ação é fundamental, é fundamento da Real Magia.

Entendem? não há uma bruxa que fique no caminho, a magia que impulsiona o DNA espiritual seres seres, nos faz seres determinados.

Agimos pela uma leve bruma do passado, um chamado, uma essência, como que se fossemos folhas soltas de uma mesma árvore mãe, cada qual com sua missão, cada qual com sua determinação, não só o poder do verbo, da palavra, temos todo poder da criação da ação através da magia pura, geramos possibilidades. Porque somos seiva viva dessa árvore.

sábado, 9 de outubro de 2021

O AMOR DA BRUXA

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 Brian é o amor da protagonista no livro A BRUXA DO PENHASCO.

Um bretão" não só da Bretanha, mas toda parte da Escócia".

Brian busca a Irlanda "ilha esmeralda" para estudos Druísticos, porém o sistema de classes faz com que isso se torne ilegal, pois ele é um guerreiro Escocês, então todo esse trama é regado de identidade falsa.

Brian não falava de onde veio, ou quem seria, estando na ilha se apaixona por Morgana, filha do Druida, um amor juvenil que vai se concretizando e realizando, o amor verdadeiro, aquele que se forma através dos propósitos.

Mesmo jovens eles amadurecem nesse sentimento.

Brian em sua saga nos ensina um fundamento da REAL MAGIA, o da busca da evolução moral por meio do auto conhecimento, Brian representa um aspecto mais profundo desse movimento, sabe ele que é necessário se laborar , crescer e equilibrar suas ambições, aceita-as e busca compreende-las através da reforma intima, do caminho sacerdotal.

Sacerdotal aqui não só do sentido didático mas no sentido do reconhecimento intrinco, portanto Brian nos ensina a ordem pela liberdade, não pelos dogmas mas pelo respeito de aprender com os que sabem mais , prezando não só as regras mas a auto caminhada, conduzida pelo movimento.

Um dos fundamentos da REAL MAGIA é aprender com os que sabem, produzir crescimento pelo movimento e pela auto moral, transformando e criando magia, todos os dias.

O bardo e a bruxa nos ensina, que o amor deve ser sentido pela REAL MAGIA, como uma entidade que espera ser criada, moldada, modelada, é um argumento mágico, que tende a favoritar aqueles que esperaram, zelam e estão dispostos a cuidar.

Nos ensina que o imediatismo não faz parte da REAL MAGIA.

 Convido a todos a lerem o e-book pré lançamento do livro, disponível na Amazon, e seguir meu instagram para acompanharem a parte final de criação, lá eu revelo tudo sobre a REAL MAGIA, que está sendo apresentada pela divina obra, para fundamentar e "des- dogmáticar" a bruxaria, buscando a verdade e o amadurecimento da prática.

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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

FERGUNS A PAIXÃO DE MABON

 



EBOOK PRÉ LANÇAMENTO DO LIVRO, na plataforma da Amazon, no link a baixo
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 Como não falar que Mabon é uma estação e sabat apaixonante.
eu ficava mais romântica e sonhadora do que de costume, quando chegava os tons sépticos, do outono.
Mabon é uma estação, na qual os antigos vivenciavam e reverenciavam, a ultima colheita, preparavam para o inverno, sem deixar de contemplar a aurora laranja.
Para a bruxa natural é necessário, respirar e devanear, na doce energia de outono, a brisa fala com a bruxa, é no outono que podemos nos voltar para dentro, a introspeção e a analise pessoal é uma postura magica.
No livro : A BRUXA DO PENHASCO
Morgana a protagonista, deixa-se levar por uma inesperada paixão pelo primo Ferguns e não a culpa por isso, ela aceita e vivencia, como uma honrada sacerdotisa, decidida a ouvir seu corpo.
Muito mais que sabats, a magia natural, deve ser compreendida e internalizada assim como o ensinamento de cada ciclo na nossa vida, cada fase que é a nossa verdade naquele momento, sem culpa ou indagações, o chamado de cada estação, move a nossa sensação, sentimentos basta ter a sensibilidade para ouvir cada uma delas, e Mabon com certeza nos traz a plenitude e a sabedoria da INTROSPECÇÃO. 

Deixarei um trecho do livro no qual representa esse encontro de almas em meio a estação de Mabon.
Aproveitem!

            — Sim Astúrias é linda, concordo com você a respeito de Mabon, Morgana... Usufruindo desse momento que a estação os proporciona, pude olhar para meu ser, nunca imaginei estar na posição que me encontro, sei que és uma sacerdotisa:..."



quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A ANCIÃ


 


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"Então a terra falava e a anciã tomada pelo oculto anunciava nosso verdadeiro papel de curadoras, tínhamos a missão de reconhecer-nos, de zelar e de religar a humanidade a sua essência, mostrar a magia da matriarca, a deusa, a mãe bondosa e sofrida, a virgem estuprada e negada, aquela que foi fatiada, violentada, intoxicada e incompreendida, Terra:

—Abra os ouvidos! Deixe a deusa viver, reconectar a ela e ela retribuirá com perfeição, harmonia celestial, ciclo natural, nós não somos o todo somos parte. Irmãs atentasse para a missão é chegada a hora de honrar a deusa e não mais fantasiar, romantizar o ser bruxa. A deusa precisa de nós, ela roga, chamam suas filhas ao tempo da verdade. Ser bruxa não é uma posição é um estado é zelar, anunciar é estar sempre com os ouvidos abertos"...

fragmento do livro, A BRUXA DO PENHASCO, capítulo, O SOM DA TERRA.


terça-feira, 21 de setembro de 2021

TRUSKA - O PODER DA AMIZADE

 

livro, a bruxa do penhasco

Lhes apresento TRUSKA, A AMIGA LEAL, personagem do livro a bruxa do penhasco.
Forte e romântica ela ajuda emocionalmente a protagonista a fazer sua jornada espiritual até seu penhasco interior.

No capítulo do livro, O COVEN EM SAMAHIM, Truska aparece, ofertando a força vegetal no circulo mágico, ela traz realmente o sentido da bruxa verde, aquela ligada as folhas, flores chás, enfim, a energia vegetal, também ligada a deusa Eostre, ela traz a personalidade de uma "coelhinha sagaz e tímida" como Morgana a descreve, no capitulo TRUSKA A AMIGA LEAL.

Ela nos remete a diáspora, de tribos antigas que situavam as montanhas TANTRA, hoje a região, do pais PÔLONIA, uma país de resistência e magia.

Truska é a personalidade, da leal amiga, aquela que fica no leito de Morgana quando essa está com febre, aquela que faz a trouxa da amiga que insistem em sair de casa, aquela que acalanta até mesmo a amiga em outra vida, mostrando que o poder da amizade atravessa tempos, e com certeza nos ensina que a esse poder é magico.

  A amizade é um sentido de alma que faz parte da real magia.

Para uma bruxa natural, a importância de estar em um COVEN, é algo inexplicável, mesmo sendo Morgana a primeira bruxa solitária, ela divide com a verdadeira amiga esse momento 

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domingo, 19 de setembro de 2021

O DRUIDA

 



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Faço a indagações... todos temos o arquétipo do mago, do sacerdote, do druida,  está em nós, ele existe, assim como o arquétipo do feminino, da deusa, em sua variada persona.
 O druida é o guerreiro e também o menino travesso, esse seria o Tríplice masculino.
Tudo é triqueta, tudo é trisquel, constante.
O homem deve evoluir assim com a mulher em sua saga pela moça, a grávida e a anciã nesse universo.
Se eles saírem do recalque Freudiano do "lobo mal", sair da fase oral e crescerem até a postura do druida, essa é a fase solar essa é a saga da humanidade, todo esse desiquilíbrio atrasa a evolução.
O aspecto da masculinidade está ligada a sagacidade, a vida e não a sexualidade exacerbada, desrespeitosa e cruel do atual "homem mal".
Enfim não quero me ater a lados e nem a defesas, quero mostrar o Druida , o bom druida, não o barba azul descrito no moderno e atual conto antigo exposto hoje pelo livro "mulheres que correm com os lobos", no qual faz o paralelo entre as sombras e nos remete a ser algo masculino.
Devemos abraçar, tanto o bom druida como o barba azul, são os mesmo, o sagrado masculino não é sinônimo de prisão, crime, crueldade e sombras
 A sombra é a sombra, não tem gênero, a menos que a coloquemos. Assim como a virilidade e o sexo foram taxado como pecados a chaga da crueldade deve ser trabalhada universalmente, para o bem da evolução tanto do homem quanto da mulher.
Cuidar do sagrado masculino e feminino é equilíbrio, é estar no caminho do meio, do sagrado do centro do coração.
A mulher não é virgem, pura imaculada e o homem não é perverso, aproveitador, sanguinário.
As taxações atuais da sociedade cega, a verdadeira função da caminhada entre a triplicidade da existência, o belo, o sagrado, o uno é sempre aceitação de cada arquétipo, mas não somos só eles.
Somos essência de todos, passamos por cada fase, levamos dela o melhor mas somos poeira de existência, façamos nosso melhor sem negativar.
Assim como mães que cuidam e educam sem julgar, devemos assim aceitar, absorver e equilibrar o SAGRADO MASCULINO em nós.



quinta-feira, 16 de setembro de 2021

EBOOK: A BRUXA DO PENHASCO

 


Venha ao embalo desta história, adquira já está incrível jornada pelo link abaixo :
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Conto: Escrito a bico de pena


 

Capitania de Minas gerais, Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, 1720 

 

Escuto o estopim na alta madrugada, a janela estilhaça, na rua direita. vou ao chão com o tiro que acertou em cheio o ombro esquerdo, arde, queima, derrubo o tinteiro, pego a folha escrita às pressas, corro, dou uma trombada com a mucama, Ana, no corredor:

            —Senhorzinho José!!!

—Estou bem Ana, já sabe o que vai fazer.

coloca a senhora negra, de ancas largas, o papel “embrulhadin” dentro das tranças nagô.

— Diga a meu pai, o senhor Pascal da Silva Guimarães, que recebi o presente por ele. vós sabe onde vou Ana, lá vou ficar bem. Não temos mais tempo corra! os soldados da coroa, estão a porta.

O Jovem moço, Português, pega o cocho, já disposto nos fundos da casa, em uma penumbra, lá vai ele sangrando.

 

Divisa territorial, Capitania da baía de todos santos

Pai malê, recebe o moço, desfalecido nos braços, ardia em febre, começa a pajelança no terreiro de catimbó, depois de sete dias josé acorda:

— Por Oduduwa, filho meu, como está?

            — Pai malê! Que alívio chegar até aqui. Vim fazer minha feitura.

O negro dá uma gostosa gargalhada.

            — Um sinhozinho branco, deitando pro santo?

            — Sim meu pai, um branco com alma preta.

            — E a revolta?

            — Que me importa, meu velho; não me importo com o quinto da coroa, não me importo com a revolta em Vila Rica, nem tão pouco me importo com o ouro de meu pai.

            — E a liberdade meu filho? Não se faz lutando?

              Não, não acredito mais nisso, quero paz e minha paz é estar aqui, a liberdade é algo que ninguém pode tirar, ela vive aqui dentro, os rebeldes são escravos de sí.

            — Aprendeu mesmo, está usando minhas palavras.

            — Agora pra ser completo, só me falta ela, Helena, ela virá...

 

 A negra Ana, se fundi a escuridão, entra pelos fundos do palacete:

            — Abra a porta, Benta!

Esmurra a velha na porta da casinha dos criados:

            — Irmã!

            — A casa, do senhor Pascal, tá queimando em chamas, eu nem sei dele, “nhozinho” José, levou um tiro, ele fugiu pra Baía:

            — Mãe Oxum cuide dele, durma irmã, descanse:

            — Não! Tenho uma carta pra sinhazinha Helena.

            — Amanhã! deixe pra amanhã, Ana; vou ver se consigo que você fique por aqui e trabalhe na cozinha comigo.

A luz, dos olhos de Helena, voltou quando está viu a negra Ana, na cozinha, já sabia que seu josé tinha notícias, depois da noite em chamas:

            — Mas o que quer josé? Ele bem sabe que casarei em breve.

Correu a bela moça Portuguesa da ilha da Madeira, pelo corredor até o luxuoso quarto, com o papel embrulhado:

            — Ah! José se essa carta não for um plano de fuga, não sei mais, não aceito poemas.

Chora Helena, ao ler, sim era um plano:

— Minha virgem maria, me dê forças.

 

Capitania Real do Rio de Janeiro, Largo Rossio (Atual praça da Independência) - 1747

 

                —Tem algo pra me contar cigana?

            — Sim, tenho algumas coisas, mas pelo andar da carruagem, o senhor que tem algo para me contar, continue sua estória.

              Helena, não foi ao meu encontro, jovem que eu era, cheio da força de Oxóssi, desobedecendo a pai Malê, eu voltei para Vila Rica. Pelas ruelas, espreitando eu assistia a condenação de Filipe dos Santos, vi seu corpo ser arrastado pelas ruas, a noite eles os esquartejaram a cidade estava sendo incendiada e eles os corruptos, comemoravam.

O homem josé, com 45anos, contava todo seu pesar com os olhos parados, enojado pelo governo regente, continuava:

            — Fiquei escondido até a noite, a olhar para o palacete da rua direita, assistia a festa de casamento de Helena, não havia nada a fazer, o que poderia eu oferecer a ela? Decidir não mais incomodar sua vida e deixa-la seguir sua sina. Quando meus olhos encontraram com os olhos dela, parada angustiada, na janela; senti um forte puxão no braço, me jogaram na carroça, me preparava para ser preso pela coroa, quando percebi que era Francisco amigo de meu pai, Pascal:

            — Seu “muleque” seu pai te procura a dias.

O comerciante, deu sinal e a carroaça seguiu, rumo a fora, alguns meses desembarco em Portugal, sigo do Porto para Braga, vida que segue, cigana:

            — Mas hoje, estás aqui e é o que importa, vejo que seu pai, falecerá a pouco, também sei, que seu orixá o espera, agradeço por contar sua sina:

            — E ela?

A pergunta sai do fundo da alma:

            — Vejo Helena; diz a cigana a olhar as linhas da palma da mão, está debruçada como uma princesa, em uma janela, ela...

            A cigana estende a mão, pedindo sua recompensa:

            — Ela te espera, diz a voz da atraente ciganinha, que corre feliz pela praça.

                        José respira:

                        — Luiz?

                        — Sim senhor?

                        — Sigamos viagem para Minas:

                        — Não vai descansar por aqui mesmo senhor? Foi uma longa viagem.

                        — Por favor, Luiz, se já deu água aos cavalos, vamos!

            Quando a carruagem para em frente o palacete da rua direita, a velha negra Ana, não acredita:

            — “nhozinho” josé?

            — Ana, como é bom revê-la

 O vulto da mulher, vestida de luto, abre a porta, eufórica:

                        — José? Não pode ser? Ana, será um fantasma?

                        — Não sinhá, é nosso José.

            O silêncio se fez, nessas entrelinhas, indescritíveis:

            — Podemos seguir o plano? Diz a voz do homem josé, mas parecendo o jovem de outrora.

Helena abre um sorriso e recompõe a pose em segundos:

            — Meu senhor, tantas convenções a serem resolvidas; me aguardem no lugar esperado pelo plano de quase trinta anos atrás, dessa vez a virgem pode descer e me proibir de ir, mas eu irei.

Os curiosos, da rua, já fofocavam, duas beatas passaram cochichando:

            — Já recebendo visitas, que mulher esquisita, ela não vai a igreja.

 

Divisa territorial, Capitania da baía de todos santos

 

            — Pai malê, ela não virá!

            — Acalma-se filho, o que foi combinado? Ela não disse que viria? Pois espere; mais um pouco pra quem já esperou alguns anos.

            — Não sei não, ela tem tudo na vida.

            — “cê” tem certeza disso, filho? E “cê” tinha tudo?

            A carruagem chega, na porteira do ilê.

            A gorda velha negra Ana, desce, acompanhada pela madura mulher, Helena:

            — Meu josé, meu amor, vamos viver nossa liberdade:

            — Entre minha, filha, meu “cazuá” é seu. Diz o ancião

 A negra Ana, cantava e festejava:

            — Liberdade, liberdade ainda que tardia.

             José entedia e agradecia, sim, me sinto livre, pensava dado de mão como dois adolescentes com sua amada, apesar dos horrores e injustiças que existem, somos livre para escolhermos nos despir do ouro que jorra nas veias dessa terra amaldiçoada por nos mesmo e nos deitar nessa mesma terra, abençoando-a, olhado para o sagrado, respeitando-a e viver a liberdade da vida simples.

 

Capitania Real do Rio de Janeiro, Largo Rossio (Atual praça da Independência) - 1747

 

            — Sarita minha filha, o que pensas?

            — Mama, penso na estória que vou contar essa noite na fogueira.

            — Você já a tem?

            — Sim! É a estória de José e Helena, um amor que busca pela Liberdade. Liberdade Mama! que eles se fortaleçam sob o céu estrelado, será que eles entendem a liberdade como nosso povo?

            — Espero que sim, como disse filha, o amor vai fortalecera-los e com o tempo eles vão aceitando serem livres, sem culpa, sem convenções. Apenas o amor, liberta.

 

domingo, 12 de setembro de 2021

EM BREVE O LINK DO E-BOOK

 


capa oficial do e-book degustação.
essa semana posto o link, para comprar na Amazon!!!!

o e-book degustação contará com as três primeiras partes do livro completo.
no qual dá um parâmetro da estória, mostra os principais personagens e enredo.
o livro a bruxa do penhasco é um romance espiritualista, escrito via processo mediúnico de visualização consciente anímica.
no qual conto a recordação de uma vida passada a beira do meu penhasco, caminhando junto a Morgana aprenderemos sobre a real magia.
em uma época onde a honra ao poder do sagrado feminino era algo intrínseco e vivenciado pela alma.

sábado, 5 de junho de 2021

MORKIE OKO- O LAGO PARA A BRUXA

 

Livro a Bruxa do Penhasco


No livro " A bruxa do penhasco" na qual estou na sua produção.

Varias vezes a protagonista, busca o poder do lago, passando ao leitor a importância dessa paragem natural para o povo naturalista da época céltica.

O lago nas diversas culturas é um lugar sagrado de reflexão e conexão com os antepassados é portal para os mundos e reflexo de sabedoria.

A mediunidade ligada a profecia está relacionada intrinsicamente com ela, é através da agua que acontece o amplia mento da capacidade de interlocução consigo, com os ancestrais e com a fonte primaria de informação.

O banco de dados, da onipotência, a sabedoria, não é a toa que todos filhos de Orumilá, orixá iorubá pai da sabedoria, é ligados a orixás da água, sem seu fluxo não á oráculo.

ODin tem uma relação  estreita com a água, portador do conhecimento de poções e Hidromel, suas filhas Valkirias assim como seu cavalo Sleipnir, tem a capacidade de andar sobre as águas.

O lago é santuário da interlocução com o poder oracular da sabedoria e da arte da magia, sem sombra de duvidas ele tem muitos ensinamentos para ensinar, experimente apenas sentar ao lado de um lago, verás como ele tem coisas para lhe contar dos lugares que ele passou, das coisas que ele deixou, de como ele se tornou quem é. maravilhoso!

Não há como esgotar tamanho é esse contexto, as sacerdotisas bem sabem que é pelas brumas do lago que elas sabem que se tornaram uma escolhida.

Sejamos potência, viva a deusa no lago.



 escrito por: Elaine Vilela Souza 

11:35

sexta-feira, 28 de maio de 2021

A ENERGIA SOLAR PARA A BRUXA


Estranhamente  se disserta sobre o poder lunar para a bruxa, deixando de lado a potência do sol, vamos fazer um círculo mágico que horas? a noite é claro! Mas a fogueira está ali presente, remetendo ao calor.

Atualmente existe um resgate da energia solar, do masculino e do equilíbrio, seja na energia tântrica como na sabedoria dos povos incas, mas hoje gostaria de expressar outra energia que vem do sol, o poder da gratidão.

Ou da Gratitude, a ação da gratidão, a energia que impulsiona, é solar, mesmo que da lua vem a força das mares do repuxo e dos ciclos é do sol a parte que sustenta, a parte que nos movimenta a parte que nos desafia.

A quietude da lua, nos alivia, a explosão solar nos faz questionar. Mas não quero eu fazer desse texto um antagonismo, todos bem sabe dessas questões e na diferença eles se completam.

Gostaria apenas de informar e convidar, abra as mãos deixe o calor nutrir, feche os olhos e sinta é o estimulo da gratidão que nós consome, nos tempos difíceis que vivemos é cientificamente o poder do sol para aumentar a imunidade, trás a vitamina D que tem inúmeras funções e está sendo estuda assiduamente pela sociedade médica, estão a associar a situação de abortos "sem razões médicas" a falta da vitamina D.

A água solorizada é potencializada pelos raios solares que modificam a molécula de a água em benefício dos que as bebem, trazendo o poder das cores utilizada nas garrafas.

Tem conhecimento também que todas as religiões, tem suas obrigações perante o sol, os sacerdote de Ifá deve acordar antes do sol, para fazer suas orações, assim como em varias culturas, o poder de da reza é intensificada pela hora do amanhecer, aonde perdemos esse contato?

Os trabalhadores rurais, o povo simples, aqueles que se beneficiavam da terra sem agrotóxico, acordavam as quatro da madrugada com uma disposição tremenda,  é necessário "fechar o corpo" diziam, acertar nossos ponteiros orgânicos é também um resgate a magia.

 Dar banho no bebê de sol, esse é virado para o sol, saudar o pôr do sol, o eldorado e a ilha que não a noitecia, fazer um pão e deixa-lo no sol para o fermento agir, colocar os amuletos para um banho de sol, o dourado dos ciganos, a magia dos perfumes, colher a tal planta a luz do sol, tudo isso pertence a magia esquecida ativa-la é ter um potencial de resgate ancestral a nosso favor.

 Saudar ao sol da manhã, da tarde ou do entardecer, tudo inspira a magia do belo, do perfeito, do soberano, a aceitação do masculino é fundamental para o equilíbrio do feminino, da real magia, a gratidão é o movimento desse casamento, a gratidão é uma explosão de bênçãos que emana do despertar.

vá lá leitor, saboreei, deleite na grandiosidade do pai sol e seja grato por tudo que já o tem. Gratitude a todos!

  ELAINE VILELA SOUZA

PELO BLOG: A BRUXA DO PENHASCO ( por favor usar a fonte)


28/05/2021 11:17

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

O PRECEITO DO ECLIPSE PARA A BRUXA

 capítulo na íntegra extraído do livro: 

A BRUXA DO PENHASCO

PRESENTE PRA VOCÊS LEITORES!!!


 

EBOOK degustação na plataforma da Amazon, no link a baixo
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Para acompanhar a escritora na produção da obra completa;
sigam no instagram: @elainevilela.s
fan page/ facebook: @abruxadopenhasco

Apenas sentei e acendi o incenso de sândalo, a imagem veio clara em minha mente...

Então anciã hoje não é dia de dançar?
 — Não filha, hoje não é dia:
 —Mas por quê?
 —Hoje é dia de escuridão, como acender uma faísca em meio a escuridão? Podemos, mas não devemos, vai de encontro com a lei tríplice. Respeitar a escuridão é o mínimo que podemos fazer para começar a compreendê-la:
 —Então anciã nosso leite será amaldiçoado?
 —Por que filha? por que ele derramou em um dia escuro? em um dia que não devia existir. Quem disse? Não filha!

Amaldiçoar o leite de cabra que jorra sem cessar, o nascimento que deve acontecer, o rompimento da semente ou a flor que irá desabrochar a noite, só pois sua essência é escura? —Isso é um erro! —

 Lembre-se que a sombra só se dá diante a luz; a escuridão só é assim permitida ante o plano divino do Deus e da Deusa.
Que equilíbrio teria, se o dragão não cuspisse fogo?
Amaldiçoar qualquer coisa que se encontra abaixo dos céus é um erro. Amaldiçoar algo por causa de sua essência é um erro, seja sua essência qual for. A escuridão de hoje antecede um erro, mas ele não virá da escuridão, ele virá pelas mãos dos homens.
O homem sim é capaz de ser luz e escuridão. A natureza nos avisa de nossas mazelas, ela por si é divina, também somos, só esquecemos e é esse o nosso dever, servir e lembrar. Mas hoje filha! Por favor! Vamos nos silenciar.

Assim o fiz, refletindo, aprendendo a aceitar a lua negra.

Abri os olhos, em meu quarto cheiroso pelo Sândalo, acendi outro incenso e comecei a escrever o decorrente dialogo, simples mais de um grandioso valor de princípios.

 

ELAINE VILELA SOUZA.