terça-feira, 20 de novembro de 2012

PÁSSAROS APRISIONADOS


No silêncio da noite, corações gelados de medo.
Que medo!
O navio parte arrancando a noite há dentro.
Pássaros nas gaiolas, com ferros nos pés, mãos atadas nas correntes, um olhar cativos prende -os no silêncio das madrugadas frias.
Será que a escuridão da noite é a mesma daquelas Mãos encarceradas ?
Será que aqueles amontoados de estrelas no céu e igual ao amontoados de negros dentro daqueles navios ?
Aqueles corações gritam, gemem mas ninguém ouve, só eles sentem.
De estômagos vazios, os seus pensamentos vagam a procura de algo.
Pés descalços, machucados pelos grilhões sangram, dilaceram- se mas eles tem em si um pouco de liberdade. Porque em seus pensamentos nenhum grilhão será colocados.
Pobres pássaros cativos, que gritam pela liberdade,liberdade.
Mas eles são como pássaros trancados nas gaiolas daqueles porões,nos navios gélidos e tenebrosos.
Todos esperam que eles cantem como antes, um dia eles conseguirão resistir e vão voar pelo caminho mais bonito onde não haverá gaiolas e nem grilhões.
E no final do túnel haverá uma princesa a escrever e todos gritarão em uma só voz. Alforria! Alforria.
                                                                  Eliane oliveira.

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