domingo, 30 de junho de 2024

A cor Vermelha

As muralhas caem, a guerra inflama 
E meu coração em chamas pronuncia seu nome.
Sai com som diferente a bruxa não entende.
A bandeira vermelha cobre a boca.
O guerreiro a invade, grita a tal boca que afinal concede.
Ventos frios, mar calmo, mesquitas suspendem ao céu.
E a bruxa não entende.
A paixão acontece, a vontade cala.
Silêncio.
A paz reina na antiga terra.
Os girante giram na Capadócia.
Os sinos tocam no Tibet.
A bruxa dança na fogueira.
Tudo está em Harmonia.
O forasteiro se vai, o forasteiro chega.
Roda o triskel eterno na saia da cigana colorida.
Entendo, talvez!
Surfo nas brumas, choqualho as folhas das mais belas palmeiras das miragens deserticas.
Que a paixão não seja fogo, nem água, seja o inviolável eter.
Sutil e necessária, paixão.
Vermelha como a alma da bandeira.
Nada faz sentindo e tudo se faz na presença dela.
Paixão, paixão...
Não falo, nem escuto, sinto somente o flamejante fogo alquímico, que derruba os muros de jericó.
Tempo antigo há se perder de vista, força resurgida, fênix, paixão consedida.
Eu te vejo, ou quase vejo, cega pelo reflexo do ouro da armadura forjada em Lishana deni.
Já não sou a bruxa, já não és o protestante.
Somos jovens e jovens só querem viver.
Somos o que ainda não somos e por isso somos pássaros, a beber água no poço do que seremos.
Nús, entre os véus, cheiro doce da terra viva.
A cananéia e o hebreu de Efraim.


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