quarta-feira, 26 de maio de 2021

O PRECEITO DO ECLIPSE PARA A BRUXA

 capítulo na íntegra extraído do livro: 

A BRUXA DO PENHASCO

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Apenas sentei e acendi o incenso de sândalo, a imagem veio clara em minha mente...

Então anciã hoje não é dia de dançar?
 — Não filha, hoje não é dia:
 —Mas por quê?
 —Hoje é dia de escuridão, como acender uma faísca em meio a escuridão? Podemos, mas não devemos, vai de encontro com a lei tríplice. Respeitar a escuridão é o mínimo que podemos fazer para começar a compreendê-la:
 —Então anciã nosso leite será amaldiçoado?
 —Por que filha? por que ele derramou em um dia escuro? em um dia que não devia existir. Quem disse? Não filha!

Amaldiçoar o leite de cabra que jorra sem cessar, o nascimento que deve acontecer, o rompimento da semente ou a flor que irá desabrochar a noite, só pois sua essência é escura? —Isso é um erro! —

 Lembre-se que a sombra só se dá diante a luz; a escuridão só é assim permitida ante o plano divino do Deus e da Deusa.
Que equilíbrio teria, se o dragão não cuspisse fogo?
Amaldiçoar qualquer coisa que se encontra abaixo dos céus é um erro. Amaldiçoar algo por causa de sua essência é um erro, seja sua essência qual for. A escuridão de hoje antecede um erro, mas ele não virá da escuridão, ele virá pelas mãos dos homens.
O homem sim é capaz de ser luz e escuridão. A natureza nos avisa de nossas mazelas, ela por si é divina, também somos, só esquecemos e é esse o nosso dever, servir e lembrar. Mas hoje filha! Por favor! Vamos nos silenciar.

Assim o fiz, refletindo, aprendendo a aceitar a lua negra.

Abri os olhos, em meu quarto cheiroso pelo Sândalo, acendi outro incenso e comecei a escrever o decorrente dialogo, simples mais de um grandioso valor de princípios.

 

ELAINE VILELA SOUZA.


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