Existe algo oculto de sua vida.
Hoje volto as raízes escrever livremente como a pena do
passarinho solta ao vento, a
pena sabe que em algum momento ela pousará sabe também que a
liberdade vai
cobrar algo mas ela não se importa quer ser feliz e voar até
onde for possível.
Um tempo para mim é o mesmo que poder escrever, porque quando
estou assim, sou.
A bruxa, a mãe a mulher das cartas.
E cartas postas, aquela que não se encaixa, a peça única,
aquela que sobra no fim da
montagem, mas sem ela, nada faz sentido.
Eu sou o "o" da questão, nem A nem B, sou o O.
Oh bruxa! Que esquisita! sua vida sempre ,sempre a
desencaixar, passa o tempo na
pira das visões à se revelar.
Oh bruxa ! Como faz pra rir da tragédia e chorar na comédia? Onde fica sua colcheia?
A luz do palco já ascendeu.Oh bruxa! Que sentido faz isso, são teias de aranha sob as assas do morcego.
Que bagunça sua casa!
Oh bruxa! Mas, como eu queria ser você.
E não ter medo das cartas na mesma, usar folhas em branco
pra renovar sua
juventude.
Banhar sob a lua e benzer sua comida.
Mal dizer o mal dito, e disser o inaudível.
A verdade é que você pertence á toda essa linha de trabalho,
você é essencial, você é
não a peça que falta, mas o mecanismo todo em ação.
És capaz, de explodir e apaziguar os terremotos, assim como a
filha preferida quando
pedi mimos ao pai.
Sei que talvez nada disso faça sentido, mas para a bruxa,
ah! isso faz, cai como a luva.
Aquela linda luva francesa, aquela que só as donzelas tem, não tenha ciúmes,
oh! bruxa, bendita, tú não pertence a luva mas ela pertence a você, pois você é criadora.
Pecado, agora o que digo!
Sua Lilith traiçoeira:
- Sou mesmo! A bruxa responde:
- Sou a criadora da verdade, sou a que não encaixa, a loba
faminta que te come.
Sou a boca do mundo, que engole a humanidade é Pari quieta
os filhos renegados;
mas felizes.
Puros de espírito, as crianças benditas pelo fruto do
ventre.
Ventre incorruptível.
Eu sou o O.
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