A pergunta Ferrenha.
Que move os moinhos, os engenhos.
Do solo da mãe parideira.
Olha lá, o saci na peneira, levantou a poeira.
O redemoinho do diabinho.
Ah! Vó conga.
Nem a peneira segurou o danado.
Mas assim é, tem que ser, pelo Cristo redentor.
Ascende a candeia Zé.
Alumia lá a Candelária.
Nossos meninos, que sofrem, astúcia de saci.
Vai lá, corre a gira, sacode a poeira na encruza e mata a fome dos coitados.
Pelo povo do cruzeiro do sul.
Oh! Terra bendita e mal vista,
Ainda escravizada.
Balança a figueira, nessa terra vermelha.
Pindorama.
Essa preta vos pedi, leva a Rosa e sacode as calungas.
Mata a fome desses camburecos.
Mas não tenho pataco, o que faço vó?
Jogo nos dados?
Abro o carteado?
Pois faça mironga homem! No fio da navalha.
Leve os ventos de Iansã,
Leves, tufões, rajadas.
Levante a poeira Zé.
Aruanda te festeja.
Corta demanda, leva o samba, tú que és bamba.
Filho oprimido, marginalizado, pedra bruta desse rio garanil, diamante, nosso malandro.
Levanta a capoeira.
Vai moleque, não te digo mais nada, já basta.
Vá, leva a Rosa contigo.
Toda prosa e poesia, toda formosa, sabe ela todos itãs do início ao fim.
Só resta poeira cósmica. É o que somos.
Essa preta velha já falou tudo, agora firma o camatuê.
Vai moleque, gingando.
Pedi ago a Ogum.
Maleime a babá oxalá.
Benção a sua mãe Iemanjá.
Avô benzeu, fechou seu corpo sete vezes na lua cheia.
Nenhum mal te sucederá.
A macaia Brasil te clama.
Levanta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário