domingo, 22 de junho de 2025

SONHO DE AREIA

De quantas vidas somos feitos?
De quantas mortes , renascemos?
De quantos amores desfeitos em sutil alquimia 
Quantos mais criarei e arruinarei de um dia para outro?
Medo de amar, medo, medo.
De quantas possibilidades me despi.
Como consigo ser crente que tudo isso vale a pena ser sentido 
Quando tu tiveres coragem de me amar, de um sinal.
Que serei inteira para você.
Quero sua plenitude.
Em uma manhã preguiçosa.
Quero o simples ato de viver ao seu lado.
De quantas paixões fui autora?
De quantas dores merecidas, imaginei.
Imaginei e amei a ideia de ter com eles.
Confeso também criei e amei  o ser com você.
Mas nunca senti isso que não tem nome e os vãns chamam de sintonia.
Eu estou amando você.
E de tantos nãos e frustrações, constatações da realidade.
Eu sinto algo.
Sinto muito  por você.
Você não?
Não sente a brisa leve da paixão?
Eu só quero acreditar no toque que recebi, no olhar que penetrou, no abraço que alimentou.
Só quero te amar na miudezas.
Somente isso.
Sinta, permita.
Invasão, criação ilusão, quantas vezes amarei sozinha nos meus devaneios?
Quando aprender o doce poder de ser amada não precisarei mais viver sonhado.
O castelo de areia não força a onda o derrubar, ela apenas espera.



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