As horas se vão.
A kunpania cigana também
Vai igual serpente pela estrada a fora.
Será que posso pensar em ti?
O gosto ainda está em mim.
O cheiro permanece.
Animais que somos, almas gêmeas que nos tornamos na noite passada.
Já sangra a saudade,dilacera o olhar como aqueles mesquinhos que recebemos
Mas eu só penso em ti.
E isso aquieta meu coração.
A música já se inicia.
O sol nasce vermelho o orvalho na grama e as estrelas na barra da saia.
O afago de suas mãos em meus cabelos.
O riso, a lida, a dúvida.
A incerteza do pão.
A convicção na arte.
Vamos cigana, vamos agrupar, comerá da nossa comida, beberá de nossa água.
Meu ouro é seu, meu coração lhe pertence.
De ti cigana não quero nada, quero tudo, quero seus olhos e se eles eu tiveres terei o infinito de possibilidades.
De ti palhaço quero só o beijo, se assim tiveres terei o instante de presença.
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