domingo, 13 de julho de 2025

VOU-ME COM VOCÊ

Eu quero um beijo, palhaço!
De pés descanso, de boca sedenta.
O carmim na boca e as pulseiras a tintilar.
Os sonhos do tamanho da kunpania.
A cigana apaixonada, pela alma do circo
Deseja ficar.
Amanhã já será lembrança.
Posso dançar?
As castanholas acompanham o banjo.
Os olhares se inflamam.
Deixo meu povo, rumo mais tú.
Bebamos do vinho, façamos uma música.
O espetáculo irá começar.
Cigana Andaluzia irá revelar.
Deixei-me palhaço deitar mais tú, depois que as luzes apagarem.
Ascendemos os achortes.
Deixe-me palhaço, retirar a pintura.
E ficar em silêncio mais tú, na nossa madrugada de poesia.
Nas linhas da mão te contemplar, ler sua melancolia. Rezar sua sorte.
Costurar sua sina na colcha de retalho cumprice do riso primeiro na fogueira circense.
Não sei o que sente palhaço e Gitana.
Só sei que é bonito de ser vê.
Sentem Lembranças, acolhem dores.
Aceitam -se.
Como o ar consete os acordes do amor ancestral.

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