quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Carta ao humano



Prezado ser humano.
 Escrevo para lhe pedir que reflita sobre quem tú és.
 Você é sagrado e profano é o meio da encruzilhada de oroxoquê.
 É projeto do desejo da ordem em meio ao caos existencial.
 Dizem que tú és poeira cósmica, um amaranhado perfeito de sistemas, uma alma 
que habita a dualidade, para expereciar a matéria.
 Viva a matéria, sinta o vento, o sol a lua as estrelas a chuva e o silêncio, 
o cotidiano da cidade e a natureza que nos conecta. Reze e dance a vontade.
 Portanto reflita e respeite-se, você é todo colorismo, todo gênero e toda 
forma de amar, és arco-iris cósmico de Oxumarê.
 Astei para sua vida a bandeira fûnfû de oxalá, leve afrente o opaxorô de 
oxalufã.
 Como diz Simone de Beauvoir "Que nada nos limite, que nada nos defina, que 
nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é 
ser livre".
 Ah! Meu querido ser humano, clichê perfeito da obra da minha mente 
onipotente. Que surfa na Bruma quântica do ser e não ser, da terceira dimensão.
 Você pode ir além, mas que continue sendo, diversidade, minha pluralidade 
divina.
 Encerro minha singela carta a tí, na esperança de que aqueça os corações 
frios dos que fazem guerra, desequilibram o sistema, corruptos seres que também 
amo.
 A todos seres humanos, sejam livres!

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