segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Poema da "Nadrugada" dislexa

Queria terminar um livro
Mas é só mais um poema solto na "nadrugada".
Um poema que esconde o pecado
O desejo e o vício 
Um poema recalcado e cheio de imperfeições.
Queria falar de mares e navios
De Nárnia
E contos belos de fadas
Um poema que falasse a fantasia.
Mas creio que ele não nascerá.
Na "nadrugada" da bruxa somente palavras soltas.
Pensamentos desalinhados ,caldeirões sobrreaquecidos.
Talvez falte ou passe o ingrediente na poção.
Um poema sem nexo e valor.
Vai sendo preenchido pelo som chato do teclado.
Poema que poderia falar de Peter pan e os segredos da Jurema.
Poderia falar de relicários escondidos no vale dos reis.
Mas será só mais uma folha preenchida na "nadrugada" infinita onde os pontos e virgulas não fecham.
Falta o beijo e falta o desejo do poeta.
Será que é assim?
O poema chega de qualquer jeito? 
Não importa a falta e a farda? Ele chega na "nadrugada" e na luz solar.
Vem poema da "nadrugada" preencher as pobres folha sudordinadas da bruxa recalcada.
Vem poema eu lhe forço, forjo e crio na criogenia do druida. 
Na alquimia das palavras.
Soltas frases na "nadrugada", criasse um poema disléxico.
Quem entende não entenderá a menos que a conjuração faça- se de trás pra frente.

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