Quero ser verdadeira.
Quero ser perfume.
Quero ser jasmim.
Quero ser batom vermelho.
Trinta e poucos.
Com poucos amigos.
Com poucos argumentos.
Nada me sobra e nada me resta.
A não ser a escrita a ponta de pena.
Pena da cigana.
Pena da andarilha.
Pensas que tem pena.
Mas nada sabe dos seus jardins.
Sol e chuva cheira forte.
Cheira a vida da bailarina.
Cheira escrita velha.
No sebo da minha vida.
Ah! meus trinta a poucos.
Sem ouro nem prata.
Sem diademas ou conquistas.
Sem pataco o que me resta?
Só a minha escrita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário